Prisões francesas guardam 152 radicais islâmicos, informa governo

Paris, 12 jan (EFE).- Ao todo, 152 radicais islâmicos estão detidos ou presos na França, sendo que 22 estão juntos para evitar contato com o restante dos presos e o proselitismo, segundo informou nesta segunda-feira o Ministério da Justiça francês.

O porta-voz da pasta, Pierre Rancé, explicou em entrevista coletiva que esses 22 presos estão isolados na prisão de Fresnes, ao sul de Paris, juntos entre si e com as mesmas condições que o restante dos detidos.

O número de detidos e reclusos na França por “associação criminosa com fins terroristas” chega a 283 pessoas, acrescentou.

O Ministério da Justiça, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, prevê iniciar a partir desta semana em dois estabelecimentos parisienses um programa piloto para melhorar a detecção da radicalização dos presos durante sua estadia na prisão.

As autoridades jurídicas trabalham “há meses” na aplicação deste novo dispositivo, com o objetivo de melhorar o controle dos comportamentos radicais, segundo o porta-voz.

Rancé explicou que, embora anos atrás alguns detidos que praticavam o islã não se escondessem, hoje os presos radicais fazem todo o possível para não serem detectados.

A administração penitenciária dispõe desde 2003 de um escritório de inteligência composto por 30 pessoas para detectar qualquer movimento suspeito de radicalização e tramitar a detenção dos envolvidos.

Essa administração colabora de forma direta com a Unidade de Coordenação francesa da Luta Antiterrorista (UCLAT) e melhorou a formação dos agentes penitenciários, com cursos específicos focados nesse tipo de radicalização.

Na semana passada, 17 pessoas morreram em Paris em três atentados cometidos por jihadistas franceses, nos quais também morreram três terroristas. EFE