PSB afirma que só definirá possível substituto após funeral de Campos

  • Por Agencia EFE
  • 14/08/2014 18h01
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Rio de Janeiro, 14 ago (EFE).- O PSB, partido do candidato presidencial Eduardo Campos, morto ontem em um acidente aéreo, informou nesta quinta-feira que só definirá um possível substituto após o funeral do político.

“A direção do PSB tomará, quando julgar oportuno, e ao seu exclusivo critério, as decisões pertinentes à condução do processo político-eleitoral”, afirma o comunicado postado no site oficial do partido, que se diz “irmanado com os sentimentos dos seus militantes e da sociedade brasileira, cuidando tão somente das homenagens devidas ao líder que partiu”.

A nota foi interpretada como uma resposta a declarações em que alguns líderes do próprio PSB e de partidos de sua coalizão defenderam que Marina Silva, parceira de chapa de Campos como candidata a vice-presidente, seja escolhida como sua substituta na disputa presidencial.

O presidente do PSB, Roberto Amaral, acrescentou em declarações a jornalistas que apenas ele pode convocar os dirigentes do PSB e dos partidos aliados para discutir o futuro na campanha eleitoral, e que sua intenção é fazê-lo apenas depois do funeral.

“Considero que é uma total falta de respeito tratar desse assunto enquanto seus restos mortais ainda são procurados. Eu sou o que pode dar início o processo e não o farei enquanto ele não seja enterrado”, comentou.

Amaral admitiu que o processo pode demorar devido à dificuldade para identificar os restos do candidato, que ainda têm que ser transferidos a Recife, sua cidade natal, para o enterro.

Os bombeiros informaram que recuperaram partes de corpos das sete vítimas do acidente, mas nenhum deles completo, e que os restos somente poderão ser identificados por meio de exames de DNA.

Essas análises podem demorar entre “dois ou três dias”, embora isso dependa do estado do material genético recolhido, segundo o delegado Aldo Galeano, a cargo da investigação do desastre.

O PSB tem um prazo legal de dez dias para definir se continuará na disputa eleitoral e indicar o possível substituto, que pode ser integrante de qualquer dos partidos da coalizão que apoiava Campos.

Alguns dirigentes da coalizão já manifestaram seu apoio a Marina Silva, a terceira candidata mais votada nas eleições de 2010 e que é considerada a sucessora natural por sua condição de candidata a vice.

Ex-ministra do Meio Ambiente no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Marian pretendia disputar a presidência como candidata da Rede Sustentabilidade, mas a criação do partido não foi formalizada a tempo e seus integrantes filiaram-se ao PSB para unir forças.

Além do PSB e da Rede Sustentabilidade, a candidatura de Campos era apoiada pelo PPS, o PPL, o PHS e o PRP. EFE

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