Putin adverte que Ucrânia está à beira de uma guerra civil
Moscou, 16 abr (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu que a escalada do conflito coloca a Ucrânia “à beira de uma guerra civil”, em conversa telefônica realizada ontem à noite com a chanceler alemã, Angela Merkel, informou nesta quarta-feira o Kremlin.
Putin e Merkel trocaram opiniões sobre a situação na Ucrânia depois que as autoridades de Kiev tomaram, de acordo com a nota oficial, o “rumo anticonstitucional de suprimir através da força os protestos” nas regiões do sudeste ucraniano.
“O presidente da Rússia afirmou que a brusca escalada de conflito põe de fato o país (Ucrânia) à beira da guerra civil”, acrescentou o comunicado.
Segundo o Kremlin, os dois governantes insistiram na grande importância das negociações multilaterais (Rússia, União Europeia, Estados Unidos e Ucrânia) previstas para amanhã, quinta-feira, em Genebra.
Além disso, Putin lembrou Merkel sobre a importância de estabilizar a economia da Ucrânia e garantir o fornecimento e o trânsito, através do território ucraniano, do gás natural russo para a Europa.
Em outra conversa telefônica ontem à noite, desta vez com o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon, Putin convocou a comunidade internacional a condenar o uso da força por parte de Kiev nas regiões do sudeste da Ucrânia.
“Em particular, Putin ressaltou que a Rússia espera da ONU e da comunidade internacional uma firme condenação dessas ações anticonstitucionais”, informou a Presidência russa.
O presidente interino da Ucrânia, Alexander Turchinov, anunciou ontem o início de uma operação antiterrorista com a utilização das Forças Armadas na região de Donetsk, onde milícias pró-russas ocuparam edifícios administrativos e delegacias de polícia em várias cidades.
Os primeiros confrontos armados entre as forças ucranianas e os ativistas aconteceram no aeroporto da cidade de Kramatorsk e deixaram vários feridos entre os pró-russos, que denunciaram a morte de algumas pessoas de seu grupo, o que não pôde ser confirmado com outras fontes. EFE
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