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Putin diz que democratas ignoraram problemas sistêmicos dos EUA

presidente da Rússia

Deixando de lado acusações de que a Rússia interferiu nas eleições norte-americanas, o presidente Vladimir Putin disse nesta sexta-feira que o governo do presidente dos EUA, Barack Obama, tentava atribuir seu fracasso eleitoral a “fatores externos”.

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“O Partido Democrata não apenas perdeu as eleições presidenciais, mas eleições no Senado e no Congresso [na Câmara], isso também foi trabalho meu?”, questionou Putin em sua entrevista coletiva anual. Agentes de segurança dos EUA têm afirmado que funcionários russos estão por trás de ataques de hackers e do vazamento de e-mails do Comitê Nacional Democrata. Partidários da candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, disseram que esses episódios tiraram apoio dela.

Putin acusou os democratas de perderem de vista as necessidades das pessoas comuns. Segundo ele, o governo atual dos EUA “está dividindo a nação”. O presidente russo disse esperar uma relação construtiva com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump. “Ninguém acreditava que ele fosse ganhar, exceto nós”.

Como é comum em sua entrevista coletiva de fim de ano, Putin respondeu a perguntas sobre diversos temas, desde o sistema previdenciário até armas nucleares, passando pelo financiamento para maquinário agrícola.

O presidente da Rússia garantiu que não deseja se envolver em uma corrida armamentista. Um dia antes, Trump disse no Twitter que os EUA precisam fortalecer e expandir sua capacidade nuclear “Nós nunca seremos levados a uma corrida armamentista onde gastamos recursos que não podemos bancar”, disse Putin.

Putin afirmou também que a economia russa está se recuperando e deve encolher entre 0,5% e 0,6% neste ano, em comparação com uma contração de 3,7% no ano passado. Segundo ele, há sinais de melhora em vários setores, como agricultura e indústria. A autoridade apontou também que a inflação deve atingir 5,5% neste ano, abaixo das projeções anteriores. Para Putin, a meta de 4% pode ser atingida no próximo ano.

O presidente avaliou que o excesso de petróleo no mercado global deixará de existir no segundo semestre do próximo ano e que os preços devem se estabilizar nos níveis atuais. De acordo com Putin, a participação russa no corte de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) “não é tão substancial para nós, mas esperamos que isso tenha um efeito nos preços”.

Putin disse ainda que não contestava que os militares dos EUA são os mais fortes do mundo, mas que a Rússia é mais forte “do que qualquer potencial agressor”. 

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