Putin ordena envio de nota de protesto a Kiev por violação de fronteira

  • Por Agencia EFE
  • 13/06/2014 14h31

Moscou, 13 jun (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta quinta-feira que o Ministério das Relações Exteriores envie uma nota de protesto à Ucrânia pela suposta violação da fronteira por dois veículos blindados ucranianos.

“Putin determinou à chancelaria que envie uma nota de protesto à parte ucraniana por causa da violação pelos militares ucranianos da fronteira russa”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à agência “Interfax”.

Segundo o Serviço de Segurança Federal (FSB, antiga KGB) da Rússia, dois blindados entraram hoje de madrugada na cidade Millerovo, na região russa de Rostov.

O primeiro teria cruzado a fronteira e parado na cidade russa por problemas com o motor, e encontrado por patrulhas fronteiriças russas que ordenaram que a tripulação ucraniana se rendesse.

Ela se negou a obedecer a ordem e foi nesse momento que o segundo blindado com ajuda chegou e que teria apontado o canhão contra os russos e recuperado seus companheiros para devolvê-los ao território ucraniano.

Segundo Moscou, o primeiro blindado continua a disposição dos militares russos como porva do incidente, que coincide com as acusações da Ucrânia da incursão de tanques russos em seu território.

A Ucrânia denunciou ontem que uma coluna de blindados, com três tanques e várias peças de artilharia, cruzou a fronteira da Rússia rumo à região rebelde de Lugansk.

Segundo o Ministério do Interior da Ucrânia, os três tanques foram detectados e atacados pelas forças leais a Kiev quando avançavam rumo à cidade de Gorlivka.

A coluna de blindados teria cruzado a fronteira com a Rússia na altura do distrito de Diakovo, onde os insurgentes controlam desde a semana passada vários pontos da fronteira.

A Ucrânia, assim como os EUA e a Polônia, denunciaram que mercenários russos, chechenos e cossacos, cruzaram a fronteira para se somar às milícias pró-russas que combatem nas regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk. EFE

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