Agências da Previdência Social sentem os primeiros efeitos do ajuste fiscal implantado pela União no ano de 2015. Os servidores são obrigados a conviver com equipamentos de informática quebrados e a falta de materiais básicos para o trabalho.
O problema pode deixar mais lento o atendimento à população que procura os postos do INSS todos os dias.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Previdência Social no Estado de São Paulo, Pedro Luís Totti, acrescenta que os cortes ocorrem também em serviços de limpeza e de vigilância.
“Eles estão diminuindo postos de trabalho, atrasando pagamentos de contas de água, de luz, fora as questões de materiais de consumo, como toner de impressora e papel”, relata Totti. Estes materiais, afirma o sindicalista, deve durar mais dois meses no máximo e “não existe previsão de novas compras”.
De acordo com a entidade, os cortes no Orçamento federal tem provocado atrasos inclusive em serviços de dedetização nos postos do INSS.
Na agência localizada na Avenida Vital Brasil, na Zona Oeste de São Paulo, é frequente o aparecimento de ratos e outros insetos na área destinada aos funcionários.
O servidor Rafael Eduardo Monteiro da Silva afirma que os roedores tem tirado o sossego de quem trabalha no local. “Insetos, moscas, os ratos aparecem mortos por toda agência”, conta Silva. “Só no mês de abril, nós matamos três ratos”, disse. “Durante a madrugada, eles (os roedores) correm pela agência”.
Outro lado
Em nota, a Previdência Social justifica a presença de ratos e pragas pela proximidade da agência na Vital Brasil com o Rio Pinheiros.
O INSS informou que a desinsetização e a desratização no local são feitas duas vezes por ano e que a primeira está prevista para ocorrer ainda neste mês.
Em relação a falta de materiais e possíveis cortes orçamentários, o órgão não se manifestou sobre o assunto.
Informações do repórter JP Anderson Costa