Rebeldes afirmam que 500 soldados ucranianos morreram nas últimas 72 horas

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2015 17h10

Moscou, 21 jan (EFE).- Cerca de 500 soldados ucranianos morreram nas últimas 72 horas em combates com as milícias rebeldes no leste do país, segundo afirmaram nesta quarta-feira os separatistas pró-Rússia.

“Nas últimas 72 horas foram aniquilados em combate mais de 500 soldados ucranianos”, assegurou o comandante adjunto do Estado Maior das milícias separatistas de Donetsk, Eduard Basurin, a meios de comunicação russos.

O porta-voz pró-Rússia acusou o governo de Kiev de violar os acordos de paz de Minsk ao lançar nos últimos dias “incessantes ataques” contra as posições dos insurgentes, que reconhecem apenas duas mortes em suas fileiras.

Além disso, afirmou que outros 1.500 soldados governamentais ficaram feridos e 16 foram aprisionados, enquanto os milicianos destruíram 42 tanques e 34 blindados ucranianos.

A maioria dos soldados morreu na batalha pelo controle do estratégico aeroporto de Donetsk, segundo a fonte.

Na segunda-feira, Basurin já havia cifrado em mais de 200 os soldados ucranianos mortos apenas no domingo nas instalações aeroportuárias, onde continuam hoje os combates, segundo informou o comando militar ucraniano.

Caso seja confirmado, este seria o maior revés para as forças governamentais desde a explosão em abril de 2014 da sublevação armada pró-russa nas regiões de Donetsk e Lugansk.

Até agora, as autoridades de Kiev reconhecem a morte de cerca de mil soldados, dos quais 241 morreram no cerco, em agosto do ano passado, da cidade de Ilovaisk, considerado um ponto de inflexão da guerra em favor dos rebeldes.

Em referência às afirmações rebeldes de que o aeroporto está sob seu completo controle, o Executivo da Ucrânia insistiu hoje que soldados governamentais seguem postados no recinto e em seus arredores.

Nos últimos dias, os combates se propagaram por todo território de Donetsk, incluído o porto de Mariupol, sede do governo provisório da região, e pela vizinha Lugansk.

Por esse motivo, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, se viu obrigado a deixar hoje antes de tempo o Fórum Econômico de Davos, onde denunciou a presença de nove mil soldados russos no leste ucraniano, dos quais dois mil cruzaram a fronteira nos últimos dias.

Tanto a chancelaria como o Ministério da Defesa russo negaram essas acusações, e o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, disse que tanto a Ucrânia como a Otan carecem de provas a respeito. EFE

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