Rebeldes garantem ter atacado base síria que seria usada por russos

  • Por Agencia EFE
  • 19/09/2015 14h19
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Beirute, 19 set (EFE).- O rebelde Exército do Islã afirmou neste sábado que atacou um aeroporto na província litorânea síria de Latakia, que suspeita-se, estaria sendo utilizada por soldados da Rússia, aliado do regime de Bashar Al Assad.

Em um vídeo divulgado na internet, o grupo opositor afirmou que ontem lançou vários mísseis Grad contra o aeroporto Basel Assad, também conhecido como Hamimim, nos arredores da cidade de Yabla, e contra um porto militar na mesma província.

O Exército do Islã afirmou ainda que um dos projéteis destruiu um avião de transporte russo.

A gravação mostra vários combatentes, alguns deles mascarados, preparando um míssil em metade do campo, que pouco depois é lançado contra um dos alvos.

A organização insurgente, de tendência fundamentalista, explicou que fez o ataque após detectar “movimentos anormais” de “shabiha” – milicianos sírios pró-governo – e de oficiais russos na base aérea e no porto.

Há seis dias, o Observatório Sírio de Direitos Humanos revelou que forças russas estavam construindo uma “longa pista de aterrissagem” no aeroporto de Hamimim e ampliando a base aérea de Hamidiya, na província vizinha de Tartus.

O Pentágono americano confirmou esta semana que a Rússia está tentando habilitar um aeroporto em Latakia, sem divulgar seu nome, para começar a transferir pessoal e artilharia pesada, dando assim um apoio militar vital para o regime sírio.

No entanto, o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, negou que seu país tenha aumentado sua presença militar no território sírio, embora tenha admitido que forneceram armamento.

Ontem, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, transmitiu a Moscou sua preocupação pelo desdobramento militar russo na Síria, durante um telefonema com o secretário de Defesa russo, Sergei Shoygu.

Carter instou a Shoygu a não reforçar militarmente o regime sírio e reiterou que o presidente sírio, Bashar al Assad, deve abrir passagem para um novo governo.EFE

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