Rebeldes tentam de repelir ataque de grupo radical no sul da Síria
Beirute, 29 abr (EFE).- A rebelde Frente Sulista, principal agrupamento opositor que atua nas províncias meridionais da Síria, está tentando repelir o ataque de uma facção radical, que poderia ter jurado lealdade ao grupo Estado Islâmico (EI), disse nesta quarta-feira uma fonte opositora.
O porta-voz da Frente Sulista, Esam al Rayes, explicou à Agência Efe por telefone que os choques ocorreram ontem na zona de Sahem al Golã, no oeste da província de Deraa, entre seu agrupamento e o Exército da Jihad, “possivelmente leal ao EI”.
No ataque dos extremistas, pelo menos seis membros da Frente Sulista, entre eles um oficial de alta categoria, perderam a vida.
“Desde há poucos dias temos dúvidas sobre o Exército da Jihad, porque temos ouvido que seu líder, ao qual chamam Al Fanusi, poderia ter se unido ao EI”, indicou Ao Raiies.
Após esse ataque, a Frente Sulista transferiu milicianos para área e construiu postos de controle.
O porta-voz acrescentou que sua coalizão atuará também contra qualquer organização que colabore com o Exército da Jihad, como a Brigada dos Mártires de Al Yarmouk, que opera nessa região e sobre a qual há suspeitas de que tenha aderido ao EI.
Al Rayes lembrou que o tribunal principal dos rebeldes de Deraa, que é formado 90 grupos, emitiu um comunicado no qual afirma que a luta contra o Exército da Jihad é uma obrigação.
Na batalha, participa, além disso, a Frente al Nusra, filial da Al Qaeda na Síria, que embora não coopera com a Frente Sulista, “compartilha do mesmo interesse” de expulsar qualquer seguidor do EI da província, apontou Al Rayes.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou hoje que a Brigada dos Mártires de Al Yarmouk tomou o controle de um quartel da Frente al Nusra em Sahem al Golã, no oeste de Deraa, após enfrentamentos que explodiram ao amanhecer.
Al Rayes descartou que trate-se de um quartel e indicou que o mais provável é que seja uma base que a filial da Al Qaeda tenha em alguma casa.
A Frente Sulista conta com mais de 35 mil milicianos e atua nas províncias de Deraa, Al Quneitra e a periferia de Damasco.
Algumas das facções que a integram são o Movimento Islâmico dos Livres de Sham, o Movimento Muzanna e brigadas do Exército Livre Sírio, entre outros. EFE
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