Refém brasileiro é libertado por guerrilha paraguaia
Assunção, 25 dez (EFE).- O Exército do Povo Paraguaio (EPP) libertou na noite desta quinta-feira o jovem brasileiro Arlan Fick, de 17 anos, que foi sequestrado e era mantido como refém desde 2 de abril, informou à Agência Efe o porta-voz da Força de Tarefa Conjunta (FTC), Víctor Urdapilleta.
Urdapilleta explicou que as autoridades já entraram em contato com Arlan e que unidades da FTC, que se dedica ao combate à guerrilha, estão a caminho de sua casa, onde agora se encontra.
“Estamos contentes com a libertação de Arlan Fick e seguiremos trabalhando até que Edelio Morínigo volte para sua família”, disse o presidente do Paraguai, Horacio Cartes, em seu perfil oficial do Twitter.
O grupo guerrilheiro mantém o policial paraguaio Edelio Morínigo como refém desde o dia 5 de julho.
O procurador-geral do Estado, Javier Díaz Verón, expressou sua satisfação pela libertação de Arlan, segundo a imprensa local.
“É uma grande notícia, sem dúvida é um passo muito grande para a conciliação do Paraguai. Falei com o Sr. Fick, que estava muito emocionado e me transmitiu sua felicidade e a de toda sua família. É um momento que esperávamos ansiosamente e que aconteceu em uma data muito especial para todos”, disse Verón, segundo um comunicado oficial.
O governo paraguaio atribui 38 assassinatos – entre civis, militares e policiais – ao EPP desde o surgimento do grupo em 2008.
“Sem dúvida é uma grande felicidade e agora esperamos a liberdade de Edelio e que isso não se repita. É um pedido que fazemos para aqueles que acreditam que conseguirão alcançar seus objetivos através dessas medidas”, destacou o procurador-geral.
O adolescente foi capturado na propriedade rural de sua família, de nacionalidade brasileira, na cidade de Paso Tuyá, no departamento de Concepción, no norte do país, um município onde vivem cerca de 75 famílias, a maioria imigrantes brasileiros dedicados à agricultura.
Durante o sequestro, ocorreu um enfrentamento armado entre a guerrilha e as forças de segurança do Paraguai, que terminou com a morte de um militar e de dois membros do EPP, enquanto os guerrilheiros conseguiram escapar com o jovem. EFE
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