Reino Unido construirá centro de tratamento de ebola em Serra Leoa
Londres, 8 set (EFE).- O Reino Unido construirá um centro de tratamento de ebola na capital de Serra Leoa, Freetown, que poderá começar a funcionar em oito semanas, informou nesta segunda-feira o Ministério de Desenvolvimento Internacional britânico.
O centro terá capacidade para 62 macas, das quais 12 serão reservadas para trabalhadores sanitários locais e internacionais.
O exército britânico colaborará nas tarefas de construção do local, que o Reino Unido está projetando e financiando a pedido da Organização Mundial da Saúde (OMS) do governo de Serra Leoa, segundo o Ministério.
A fase inicial do centro estará operando em cerca de oito semanas. Militares britânicos irão para Serra Leoa nos próximos dias para inspecionar o terreno.
O governo britânico também trabalha ao lado da organização de ajuda humanitária “Save the Children” para estabelecer um plano de gestão de mais longo prazo para combater a doença.
Segundo a ministra de Desenvolvimento Internacional, Justine Greening, o custo do centro se somará aos 25 milhões de libras (R$ 90 milhões) que o Reino Unido já destinou aos esforços para combater o ebola.
“O nível do problema requer que a comunidade internacional faça mais para ajudar os países afetados”, afirmou a ministra.
Quando o centro estiver em funcionamento, “permitirá ao Reino Unido fornecer cuidado médico aos trabalhadores sanitários locais e internacionais assim como tratamento à população em geral”, acrescentou.
Em agosto, o enfermeiro britânico William Pooley teve que ser evacuado de Serra Leoa após contrair o vírus do ebola para ser tratado em um hospital britânico.
Pooley, de 29 anos, recebeu alta em 3 de setembro após ter sido tratado com o medicamento experimental ZMapp.
Desde que surgiu em Guiné, o surto de ebola matou neste país, na Libéria, Serra Leoa e Nigéria mais de duas mil pessoas, entre 3.944 casos registrados, segundo números da OMS.
O ebola, transmitido pelo contato com o sangue e fluidos corporais de pessoas ou animais infectados, causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade de 90%. EFE
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