Relatório indica que Cuba reduziu sua dependência da Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 20/07/2015 17h26

Miami, 20 jul (EFE).- O clima promissor para negócios registrado em Cuba no segundo trimestre indica uma redução da dependência da ilha para a Venezuela, segundo um estudo da revista “Cuba Standard” divulgado nesta segunda-feira pelo jornal “El Nuevo Herald”.

O relatório elaborado por esta revista de economia sobre o segundo trimestre do ano em Cuba indica “condições no balanço de pagamentos favoráveis para o crescimento econômico” na ilha, segundo o jornal de Miami.

O índice Cuba Standard Economic Trend Report Index (CSETI) é um indicador econômico que serve para medir o desempenho da economia cubana e que no segundo trimestre mostrou uma melhoria em relação ao mesmo período de 2014, quando foi negativo.

De acordo com a “Cuba Standard”, as duras circunstâncias econômicas que afetam à Venezuela e a queda do preço do petróleo determinaram uma diminuição na dependência da ilha do óleo do país sul-americano.

“A estimativa é que as trocas comerciais se reduziram em 5%, passando de 20,4% para 15,4% (…) e o novo cenário internacional de abertura para Cuba poderia servir para desvincular progressivamente” a ilha da Venezuela “sem causar um colapso da economia cubana”, sustenta a revista, publicada em Miami.

O aumento do turismo é um dos fatores que, segundo o relatório, estimulou o aumento do produto interno bruto (PIB) nesses meses, além de uma “melhora no acesso às fontes de financiamento e uma política fiscal e de importações mais expansiva”.

O relatório da “Cuba Standard” insiste na necessidade de que o governo cubano reforme o “caduco sistema financeiro”, que conta apenas com “meia centena de caixas automáticos em todo o país”, e reunifique as moedas para “progredir no processo de reformas econômicas”.

A revista especializada estima que a economia de Cuba crescerá 3,7% em 2015. Por sua vez, o governo cubano previu no final de junho que o PIB do país crescerá cerca de 4% no primeiro semestre deste ano.

Estas previsões coincidem com o processo de degelo entre a ilha e os Estados Unidos, depois que em dezembro do ano passado ambos governos anunciaram o restabelecimento de suas relações após mais de cinco décadas de inimizade. EFE

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