Requião qualifica como “muito boa” a reunião com líder opositor venezuelano

  • Por Agencia EFE
  • 25/06/2015 20h24

Caracas, 25 jun (EFE).- O senador Roberto Requião (PMDB-PR), integrante da missão de parlamentares governistas que foram à Venezuela para se reunir com diferentes setores políticos, qualificou de “muito boa” a conversa que teve nesta quinta-feira com o duas vezes candidato presidencial pela oposição, Henrique Capriles.

“Muito boa a conversa com Capriles (…). Falamos da política do mundo, da política da Venezuela e do que o Brasil pode fazer para colaborar com o processo político venezuelano”, declarou Requião ao final da reunião com Capriles.

“Agradecemos aos senadores (…) seu interesse por escutar os que queremos mudança”, escreveu Capriles em sua conta no Twitter após o encontro.

Requião também disse que sua visão da Venezuela “sempre vai ser fantástica”, após reunir-se com familiares dos opositores presos, grupos que aglutinam parentes dos falecidos durante os protestos de 2014 e representantes da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Depois desse encontro, a MUD informou por meio de um comunicado que informaram os brasileiros sobre a “grave situação” que assola o país e “que se vê refletida no mal-estar da sociedade”.

De acordo com a nota, o secretário-executivo da plataforma, Jesús Torrealba, “deixou claro” aos parlamentares que a MUD “quer uma mudança pacífica e eleitoral na Venezuela”.

A coalizão, diz o comunicado, “tem plena consciência da importância de estabelecer um diálogo com o governo do Brasil” e ressaltou que seus membros querem que esse país esteja presente e possa “apoiar à Venezuela”.

Esta é a segunda missão de parlamentares do Brasil que chega à Venezuela em uma semana para constatar a situação de direitos humanos no país caribenho.

A primeira delas, formada por oposicionistas e liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), esteve há uma semana no país, mas praticamente não saiu do aeroporto de Caracas, nos arredores da capital, e denunciou que no trajeto várias pessoas, supostamente governistas, abordaram violentamente o ônibus que os transportava.

Entre os objetivos da primeira delegação estava uma visita ao líder opositor preso Leopoldo López, acusado por atos de violência relacionados com protestos contra o governo do primeiro semestre de 2014 e que deixaram 43 mortos entre governistas, opositores e pessoas sem filiação política aparente.

A missão de senadores da base aliada também se reuniu mais cedo com os dirigentes do Vontade Popular, partido liderado por López, e com a esposa do político preso, Lilian Tintori. EFE

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