Ritmo de gasto de Hillary levanta dúvidas sobre sua estratégia de arrecadação

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2015 15h30

Washington, 17 jul (EFE).- Com gastos de US$ 19 milhões em apenas três meses de campanha, a pré-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, despertou questionamentos sobre se seu nível de arrecadação estará à altura de suas despesas.

Segundo dados da Comissão Federal Eleitoral (FEC) que a imprensa americana repercutiu nesta sexta-feira, a campanha de Hillary gastou US$ 19 milhões, 40% dos US$ 47 milhões arrecadados no primeiro trimestre da campanha.

A máquina política de Hillary, que pela segunda vez tenta concorrer à Casa Branca pelo partido Democrata, não poupou despesas. Contratou mais de 400 pessoas, incluídos consultores com altos honorários, analistas de campanha e de opinião, e começou a percorrer estados estratégicos nas eleições americanas.

Embora o início de uma campanha presidencial nos Estados Unidos exija fortes investimentos, o nível de gastos de Hillary fez surgir dúvidas sobre sua estratégia de arrecadação e sobre a capacidade de evitar os erros de 2008, quando a senadora sucumbiu diante de um relativamente desconhecido Barack Obama, que focou nas pequenas doações e em uma inovadora estratégia digital.

Nestes três meses, Hillary gastou US$ 6 milhões em salários, e dedicou grandes montantes a eventos de arrecadação, publicidade online, viagens e aparições midiáticas pelo país.

Além disso, ao contrário da disputa pela indicação republicana, Hillary não está recebendo um grande montante de dinheiro de grupos externos, conhecidos como comitês de ação política (PAC e Super PAC), mas mais doações individuais.

Segundo estimativas, já que seus PAC só informarão a FEC no fim do mês, os comitês alinhados com Hillary arrecadaram mais US$ 15 milhões, muito menos do que os US$ 108 milhões do republicano Jeb Bush, os US$ 37 milhões do senador Ted Cruz e os US$ 33 milhões do senador Marco Rubio.

Quase todos os aspirantes republicanos à presidência dependem mais do dinheiro arrecadado por grupos políticos externos, que tem controles mais relaxados, do que do dinheiro doado diretamente para suas campanhas.

Os altos níveis de despesa da ex-primeira-dama, entre eles os quase US$ 1,4 milhão para a empresa de estratégia digital Bully Pulpit, são munição para seus adversários, que tentam pintar uma Hillary elitista e desligada do americano médio.

No entanto, a campanha de Hillary destacou que 94% das doações chegaram por envios de US$ 250 ou menos e 60% delas foram feitas por mulheres. EFE

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