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Rússia diz que respeita resultados das eleições separatistas na Ucrânia

Moscou, 3 nov (EFE).- A Rússia afirmou nesta segunda-feira que respeita os resultados das eleições separatistas realizadas no domingo nas zonas controladas pelos rebeldes pró-Rússia das regiões ucranianas autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk.

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“Respeitamos a vontade popular dos habitantes do sudeste (da Ucrânia). As eleições em Donetsk e Lugansk transcorreram, em geral, de maneira organizada e registraram uma grande participação”, informou a Chancelaria russa em comunicado.

Na opinião de Moscou, “os representantes escolhidos receberam um mandato para o restabelecimento de uma vida normal em suas regiões”.

Agora, acrescenta, “é muito importante dar passos para estimular um diálogo entre as autoridades centrais e os representantes do Donbass (bacia mineradora de Donetsk e Lugansk) sobre a base dos acordos firmados em Minsk”.

A Rússia se mostra “disposta a cooperar construtivamente” com a comunidade internacional “para a regularização da crise na Ucrânia”.

Desde o início, a Rússia manteve a opinião que as eleições nas zonas rebeldes permitirão aos insurgentes escolher democraticamente seus representantes nas negociações com o governo central de Kiev.

Para Kiev, a lei de autogoverno que concede aos insurgentes três anos de autonomia já contemplava essa possibilidade ao convocar eleições locais nas zonas rebeldes para o dia 7 de dezembro.

O Ocidente considera que as eleições separatistas colocam em perigo a aplicação dos acordos de Minsk, que contemplam, entre outras coisas, uma declaração de cessar-fogo e a criação de uma zona desmilitarizada.

As autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk convocaram eleições para escolher seus líderes e seus Legislativos.

Segundo os primeiros dados, no pleito do domingo foram reeleitos os atuais líderes separatistas de Donetsk, Aleksandr Zakharchenko, e de Lugansk, Igor Plotnitski.

A participação superou um milhão de eleitores, sendo que a população de ambas regiões antes da guerra superava os 7 milhões de habitantes. Ao contrário dos referendos separatistas de maio, agora, após quatro meses de guerra, os rebeldes controlam um terço do território de ambas regiões. EFE

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