Rússia tacha de “completo fracasso” política dos EUA e Reino Unido no Iraque
Moscou, 12 jun (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, tachou nesta quinta-feira de “completo fracasso” a política dos Estados Unidos e do Reino Unido no Iraque, onde os insurgentes sunitas tomaram várias cidades do país.
“Isto é a ilustração do completo fracasso da aventura que maquinaram principalmente Estados Unidos e Reino Unido, e da qual perderam o controle finalmente”, disse Lavrov em declarações à imprensa local.
Lavrov lamentou que “a unidade do Iraque esteja em questão” e se solidarizou com os esforços do governo e do povo iraquiano para pacificar o país.
“Nos preocupam muito o que ocorre no Iraque. Há muito tempo que advertimos que a aventura que projetaram os americanos e os ingleses não acabaria bem (…). durante anos advertimos sobre o quão irresponsável era essa política”, assegurou.
O chefe da diplomacia russa vinculou o atual “desenfreamento terrorista” com a falta de atenção que as forças ocupantes deram aos processos políticos internos, “o que não contribuiu ao diálogo nacional”.
“Se dedicaram unicamente a seus próprios interesses. Há 11 anos o presidente dos Estados Unidos proclamou a vitória da democracia no Iraque, mas, desde então, a situação degradou progressivamente. Agora, não podemos nos alegrar, mas nossas previsões foram cumpridas”, insistiu.
Em particular, Lavrov assegurou que “a retirada das tropas dos EUA aconteceu por motivos políticos internos, já que as forças de segurança no Iraque não estavam preparadas para garantir a lei e a ordem em todo o território do país”.
Além disso, o chanceler russo acusou de “cinismo” o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, por vincular a explosão da violência no Iraque com a ausência de regra na vizinha Síria.
Lavrov abordou hoje a instável situação no Iraque com o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem.
Por outra parte, a Chancelaria russa condenou as tentativas dos grupos terroristas de se abrigar no Iraque, Síria e em outros países do Oriente Médio e criticou o fato do Ocidente não acompanhar as negociações entre as autoridades sírias e os rebeldes em Genebra. EFE
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