Santos afirma que Maduro não responde tentativas do Uruguai para mediar crise

  • Por Agencia EFE
  • 09/09/2015 16h59

Bogotá, 9 set (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou nesta quarta-feira que seu colega venezuelano, Nicolás Maduro, não atende o líder do Uruguai, Tabaré Vázquez, que se ofereceu para mediar a crise da fronteira colombo-venezuelana.

“Hoje falei com o presidente do Uruguai. Ele comentou que não consegue falar ao telefone com o presidente Maduro desde a semana passada”, declarou Santos em um ato oficial.

Vázquez se ofereceu na semana passada para mediar a crise entre Colômbia e Venezuela, que começou em 19 de agosto quando Maduro ordenou fechar parte da fronteira comum para, segundo disse, lutar contra o contrabando e supostos paramilitares colombianos.

Segundo indicou na segunda-feira o líder colombiano, a iniciativa do Uruguai conta com seu beneplácito, portanto existe a disponibilidade, pelo menos por sua parte, de organizar um encontro bilateral de alto nível em Montevidéu.

A proposta do Uruguai foi a favorita da Colômbia, que se manteve em silêncio perante a idêntica iniciativa do Panamá.

Maduro disse na segunda-feira que aceitava a mediação do Brasil e da Argentina no conflito fronteiriço.

Para o governo de Santos, a mediação de outro país se tornou a alternativa mais viável, depois de não conseguir que a Organização dos Estados Americanos (OEA) convocasse seus chanceleres para debater a violação dos direitos humanos dos colombianos na fronteira.

A Chancelaria colombiana também recusou comparecer à União de Nações Sul-Americanas (Unasul), depois que este organismo adiou uma reunião similar.

Enquanto não se sabe se haverá a reunião orquestrada pelo Uruguai, a Colômbia continua a ofensiva diplomática no exterior, a cargo da ministra das Relações Exteriores, María Ángela Holguín, para explicar a crise fronteiriça e explicar o que seus cidadãos sofreram.

Segundo dados divulgados na terça-feira pela ONU, desde que a crise começou, 1.467 colombianos foram expulsos da Venezuela e outros 18.619 abandonaram voluntariamente o país vizinho por temor. EFE

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