Santos nomeia negociador de paz com Farc como ministro de Pós-conflito

  • Por Agencia EFE
  • 14/08/2014 01h42

Bogotá, 13 ago (EFE).- O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, nomeou o general reformado da Polícia, Oscar Naranjo, como ministro conselheiro de pós-conflito, cargo que exercerá paralelamente ao de membro da equipe negociadora do governo que dialoga com as Farc em Cuba.

Santos anunciou a nomeação de Naranjo como parte de uma reforma ministerial que incluiu a extinção de altas secretarias e a criação de quatro cargos de nível ministerial.

O presidente destacou a bem-sucedida carreira de Naranjo como diretor da polícia da Colômbia e assinalou que agora será o encarregado de “formular, estruturar e coordenar as políticas relacionadas ao pós-conflito”.

Além disso, terá a missão de modernizar os modelos de segurança, de desmobilização e reintegração dos guerrilheiros.

O presidente explicou que as novas funções não permitirão que Naranjo esteja em tempo integral nos diálogos de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em Cuba, “mas acompanhará esta última fase” na medida em que suas novas obrigações permitirem.

Naranjo terá uma responsabilidade “quase igual ou mais difícil do que o próprio processo de paz” do governo colombiano, disse Santos.

O Executivo e as Farc começaram a buscar uma saída negociada ao conflito em novembro de 2012 e já alcançaram acordos nos pontos: terras, participação política e drogas, e nesta semana começaram a discutir o delicado tema das vítimas, o quarto ponto da agenda.

Além de Naranjo, Santos nomeou o ex-ministro de Justiça e do Interior, Néstor Humberto Martínez, como ministro da Presidência; María Lorena Gutiérrez como ministra conselheira do governo e do Setor Privado, e a jornalista Pilar Calderón como ministra conselheira de Comunicações.

Santos entregou ao vice-presidente, Germán Vargas Lleras, a função de “coordenar e zelar pela execução de projetos de infraestrutura, habitação, e macroprojetos”. Ele também dirigirá a comissão de projetos de interesse geral estratégico, “ou seja, uns 30 projetos de grande importância que terão especial extensão e atenção” em diferentes frentes.EFE

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