Secretário de Defesa dos EUA discute combate ao EI com líderes iraquianos

  • Por Agencia EFE
  • 23/07/2015 23h19

Washington, 23 jul (EFE).- O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, se reuniu nesta quinta-feira no Iraque com o primeiro-ministro do país, Haider al Abadi, e líderes sunitas para falar sobre os avanços na guerra contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI).

O Pentágono detalhou em comunicado que Carter avaliou o progresso frente aos extremistas sunitas do EI com Abadi e com o ministro da Defesa iraquiano, Khaled al Ubaidi, e “reafirmou seu compromisso de apoiar o governo do Iraque na campanha para debilitar e derrotar o EI”.

Carter reiterou a postura de Washington de pedir ao governo xiita de Bagdá que trabalhe na integração com as minorias sunita e curda, com o objetivo final de fortalecer o funcionamento e a legitimidade das forças armadas do país árabe.

As forças de segurança iraquianas protagonizaram retiradas embaraçosas desde que os jihadistas sunitas do EI começaram a avançar pelas margens do rio Tigre e do Eufrates no ano passado para conquistar Mossul, a segunda maior cidade do país, e Ramadi, a capital da província sunita de Al Anbar.

O governo dos Estados Unidos considera que as tentativas de ofertar cargos de oficiais a xiitas nas forças armadas em detrimento dos sunitas, a corrupção e a falta de integração das minorias deixaram as tropas iraquianas mal treinadas. Além disso, elas não contam com apoio fora das regiões de maioria xiita.

Carter também se reuniu com líderes políticos e tribais sunitas com o objetivo de conseguir aliados entre uma comunidade que não vê no governo de Bagdá um parceiro confiável e cuja colaboração na luta contra o EI em regiões dominadas por sunitas é crucial.

O chefe do Pentágono, que realizou esta visita surpresa após um giro por Israel, Jordânia e Arábia Saudita, aproveitou para se reunir com alguns dos mais de 3.500 soldados americanos que realizam trabalhos de assessoria e treinamento das forças iraquianas e curdas.

Até o momento, os Estados Unidos descartaram enviar tropas para a primeira linha de combate na luta contra o EI no Iraque e se limitou a trabalhos de assessoria e a liderar uma coalizão internacional que efetua bombardeios aéreos contra os jihadistas no Iraque e na Síria.

Além da luta contra o Estado Islâmico, o enviado de Washington pretende tranquilizar seus aliados no Oriente Médio em relação ao pacto nuclear internacional com o Irã, já que os países árabes sunitas temem que o acordo fortaleça a postura de Teerã em nível regional e internacional. EFE

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