Sem acordo, motoristas e cobradores continuam em greve no DF

  • Por Agência Brasil
  • 10/06/2015 15h31
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Antônio Cruz/Agência Brasil Rodoviária do Plano Piloto

A audiência de conciliação realizada nesta quarta-feira (10) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) entre rodoviários em greve no Distrito Federal e empresas de transporte público terminou sem acordo.

Sem a presença de representantes da direção do Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal, que no mesmo horário conduziam uma assembleia com os grevistas, a audiência durou cerca de uma hora.

Uma nova audiência de conciliação foi marcada para a sexta-feira (12). Os motoristas e cobradores estão de greve desde segunda-feira (8).

O presidente do TRT, desembargador André Damasceno, explicou que, caso não haja acordo na audiência de conciliação de sexta-feira, o processo pode ir a julgamento já na segunda-feira (15).

“Os prazos estabelecidos em um dissídio coletivo de greve são muito curtos, justamente porque a população está sofrendo com a situação. Os efeitos estão sendo sentidos, então precisamos decidir o mais rápido possível. Não havendo decisão, muito provavelmente vamos ter um julgamento talvez já na segunda”, explicou.

Damasceno disse que vai tomar providências para que seja cumprida a decisão judicial que determinou que fosse mantida a circulação de 70% da frota de ônibus no horário de pico, durante a greve dos rodoviários.

O descumprimento acarreta multa diária de R$ 100 mil ao sindicato da classe. “Há a necessidade que seja observado o atendimento mínimo da população”, disse o desembargador sem adiantar que providências podem ser tomadas.

Na audiência, os rodoviários foram representados pela advogada Alessandra Camarano. O secretário de Mobilidade do Distrito Federal, Carlos Tomé, e a procuradora-geral da Distrito Federal, Paola Aires Corrêa, assistiram a audiência.

Na assembleia, os motoristas e cobradores das empresas de transporte público do Distrito Federal aprovaram uma proposta de reajuste salarial menor para por fim a greve de ônibus iniciada na segunda.

Os rodoviários agora pedem 10% em vez de 20% de reajuste salarial e 11% em vez de 30% no tíquete e plano de saúde. A proposta aprovada pelos rodoviários na assembleia está em discussão com os representantes das empresas de transporte, de acordo com o secretário-geral do sindicato, Cláudio Galvão. Atualmente, as empresas oferecem 8,34% de reajuste salarial.

No terceiro dia de greve do transporte público a população enfrenta dificuldades para sair de casa e recorre aos ônibus, micro-ônibus e vans piratas que circulam pelas diversas regiões da cidade. O metrô informou que colocou a quantidade máxima de trens em circulação nos horários de pico.

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