Senadores espanhóis e sul-americanos iniciam amanhã visita à Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 21/07/2015 18h26

Caracas, 21 jul (EFE).- A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) anunciou nesta terça-feira uma visita de senadores da Espanha e de países sul-americanos à Venezuela, focada nos “presos políticos” e nas inabilitações de opositores para participar das eleições.

O secretário-geral da MUD, Jesús Torrealba, informou que a visita acontecerá de quarta-feira a sexta-feira desta semana, para “abordar basicamente a situação venezuelana em sua integralidade”.

Entre os visitantes estão, segundo Torrealba, os senadores espanhóis Dionisio García, do Partido Popular (PP), Iñaki Anasagasti, do Partido Nacionalista Basco (PNV), e José Miguel Camacho e Andrés Gil García, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

Além disso, Torrealba garantiu a presença do uruguaio Pablo Mieres, do Partido independente, entre outros parlamentares sul-americanos que não especificou.

“Queremos que estes ilustres visitantes tenham uma visão completa não somente dos abusos políticos do governo, mas também do drama humanitário, do drama social, que serve de contexto a estes abusos”, disse.

Torrealba destacou que a visita estará focada “no tema dos presos políticos” e nas inabilitações para exercer cargos públicos que receberam nos últimos dias alguns dos integrantes da oposição, vários deles escolhidos candidatos pela MUD para as eleições ao parlamento do próximo dia 6 de dezembro.

O secretário-geral da MUD afirmou que os visitantes irão com integrantes da coalizão opositora, em uma data que não especificou, às prisões nas quais estão detidos os opositores Leopoldo López e Daniel Ceballos e tentarão reunir-se com o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, que cumpre prisão domiciliar por motivos de saúde.

“Além disso vão se reunir com os inabilitados”, acrescentou Torrealba, lembrando que esta é uma das “ações” em nível nacional e internacional que a coalizão opositora anunciou que realizaria há poucos dias para denunciar sanções que considera “ilegais.

Torrealba assegurou ainda que os senadores visitantes “programaram encontros com autoridades oficiais de diferente nível”, mas que desconhece se estes receberam uma resposta.

“Têm espaço na agenda para eventualmente reunir-se com porta-vozes oficiais”, comentou.

Na próxima sexta-feira será assinada e publicada a “Declaração de Caracas”, na qual estão expostos “os elementos fundamentais da visita”.

O parlamento europeu adiou no último dia 15 de julho a viagem de uma delegação de eurodeputados que pretendiam reunir-se com membros do governo, assim como com representantes da sociedade civil e da oposição da Venezuela. EFE

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