Senadores espanhóis não conseguem visitar ex-prefeito preso na Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 23/07/2015 20h41

Caracas, 23 jul (EFE).- As autoridades da Venezuela negaram nesta quinta-feira a permissão para que parlamentares espanhóis, que estão na capital Caracas, pudessem visitar o ex-prefeito Daniel Ceballos, que está detido na sede do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin).

“Gostaríamos de poder entrar, foi para isso que viemos, mas nós não vamos fazer nenhum tipo de crítica a respeito das decisões que tomam (as autoridades), somos respeitosos, viemos aqui com a intenção de ver Daniel (Ceballos)”, disse aos jornalistas o senador Dionisio García, do Partido Popular (PP).

O grupo de parlamentares, que além de García é integrado por Iñaki Anasagasti, do Partido Nacionalista Basco (PNV), Ander Gil, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e Josep Maldonado, do catalão Convergència i Unió (CiU), aguardaram durante duas horas por uma autorização para ter acesso à sede do Sebin em Caracas antes de deixar o local.

Os senadores, que foram recebidos por membros da Polícia Nacional Bolivariana (PNB), estiveram acompanhados por uma delegação da aliança opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), com destaque para a presença de Mitzy Capriles, esposa do opositor Antonio Ledezma, e Lilian Tintori, mulher de Leopoldo López, ambos detidos e considerados pela oposição como “presos políticos”.

“Vamos estar aqui amanhã e não perdemos a confiança de visitar (Ceballos) e se, em algum momento, nos autorizam, nós viremos”, assinalou García.

Ceballos foi condenado, há mais de um ano, a 12 meses de prisão por desacato a uma medida cautelar do Supremo Tribunal. No entanto, após cumprir essa condenação, a instância máxima da Justiça venezuelana informou que continuaria preso por outro caso, no qual foi condenado por rebelião e formação de quadrilha.

Além disso, a Controladoria Geral da Venezuela ratificou no dia 6 de julho a inabilitação do ex-prefeito para exercer cargos públicos por 12 meses, uma resolução que supostamente o impediria de se candidatar nas eleições legislativas de 6 de dezembro.

Os senadores espanhóis também devem se reunir hoje com representantes da Conferência Episcopal da Venezuela e com dirigentes estudantis das principais universidades do país.

Amanhã, os parlamentares europeus tentarão visitar Leopoldo López, preso desde fevereiro de 2014 acusado de crimes relacionados com a violência gerada durante um protesto antigovernamental. EFE

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