Seul rejeita proposta de paz norte-coreana por ser “insincera”

  • Por Agencia EFE
  • 01/07/2014 09h36

Seul, 1 jul (EFE).- O governo da Coreia do Sul rejeitou nesta terça-feira a proposta da Coreia do Norte de suspender as hostilidades militares e as difamações mútuas por considerá-la “insincera” e pediu ao regime de Kim Jong-un para abandonar as armas nucleares como primeiro passo rumo à paz.

A Coreia do Norte “realizou uma proposta insincera na qual oferece argumentos irracionais e acusa o Sul tanto pelas tensões quanto militares como nas relações intercoreanas”, opinou à Efe uma porta-voz do Ministério da Unificação de Seul.

A porta-voz disse, em linha com a postura oficial do governo, que “é ilógico que Pyongyang fale em melhorar o ambiente na península coreana e ao mesmo tempo se reafirme em sua postura de prosseguir com o desenvolvimento de armas nucleares”.

O regime comunista de Kim Jong-un propôs ontem à Coreia do Sul suspender todas as “hostilidades militares” e as “difamações, calúnias e ações psicológicas conspiratórias” entre ambos os países desde na próxima sexta-feira, para abrir uma etapa de distensão.

No entanto, no mesmo dia reiterou sua vontade de dar prosseguimento ao desenvolvimento de armas nucleares como principal pilar de sua política de defesa para dissuadir a que considera “ameaça” dos Estados Unidos.

Em sua proposta, Pyongyang sugeriu o cancelamento do exercício militar conjunto anual Ulchi Freedom Guardian (Guardião da Liberdade Ulchi), que Coreia do Sul e EUA planejam realizar em agosto e setembro.

Horas depois que a Coreia do Norte formulou a oferta, o Departamento de Estado de Washington confirmou que as manobras militares de verão acontecerão sem variações, como todo ano.

A Coreia do Norte também realizou nos últimos dias vários testes com projéteis e mísseis teleguiados, que foram criticados hoje pelo Ministério da Unificação de Seul por considerá-los “provocações”.

Norte e Sul da península coreana permanecem em confronto desde a Guerra da Coreia (1950-53), que terminou com um armistício em vez de um tratado de paz.

Os EUA mantêm 28.500 soldados militares na Coreia do Sul como herança do conflito e realiza todos os anos exercícios militares conjuntos com o exército sul-coreano orientados a resistir à ameaça que consideram que o regime dos Kim propõe. EFE

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