Silviano Santiago recebe Prêmio Ibero-americano José Donoso no Chile

  • Por Agencia EFE
  • 08/11/2014 01h21

Santiago do Chile, 7 nov (EFE).- O escritor brasileiro Silviano Santiago recebeu nesta sexta-feira, durante a Feira Internacional do Livro de Santiago (Filsa), o Prêmio Ibero-americano de Letras José Donoso de 2014, criado há 13 anos pela Universidade de Talca em memória do autor de “O Obsceno Pássaro da Noite”.

O reitor da Universidade de Talca, Álvaro Rojas Marín, entregou o prêmio a Silviano Santiago, que consistiu em uma medalha, um diploma e um cheque no valor de US$ 50 mil.

No dia 3 de setembro, o júri escolheu o romancista, ensaísta e crítico brasileiro por unanimidade, destacando sua contribuição para o pensamento e a criação literária da América Latina.

O júri esteve formado por Raquel Olea (escritora chilena), Celina Manzoni (Universidade de Buenos Aires, Argentina), Andrea Pagni (Universidade de Erlangen-Nürnberg, Alemanha), Fernando Iwasaki (escritor peruano) e Jorge Wolff (Universidade Federal de Santa Catarina).

“Estou emocionado e feliz com um prêmio tão prestigiado, que constitui uma honra pessoal e, sobretudo, para o Brasil”, disse o escritor, que fez seu doutorado na Universidade de Sorbonne de Paris.

Santiago disse aos jornalistas que vê José Donoso não só como um dos melhores romancistas chilenos da história, “mas (também) foi quem me ensinou a olhar para o meu país e a compreender que somos diferentes e iguais”, comentou.

Nascido no município mineiro de Formiga, em 1936, Santiago é autor de “O entre-lugar do discurso latino-americano”, “O cosmopolitismo do pobre” e “As raízes e o labirinto da América Latina”, três obras reflexivas que criam novos conceitos sobre identidade e minorias no continente americano.

Além disso, Silvano é um dos críticos culturais mais originais da América Latina, considerado uma referência nessa área.

Os últimos ganhadores do prêmio foram o mexicano Jorge Volpi (2009), a chilena Diamela Eltit (2010), o nicaraguense Sergio Ramírez (2011), o mexicano Juan Villoro (2012) e o chileno Pedro Lemebel (2013). EFE

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