Sindicatos protestam contra cortes anunciados pelo governo

  • Por Agencia EFE
  • 28/01/2015 21h08
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Rio de Janeiro, 28 jan (EFE).- Sindicatos dos metalúrgicos, dos rodoviários e da Construção Civil protestaram nesta quarta-feira em diversas cidades contra cortes de subsídios trabalhistas anunciados pela presidente Dilma Rousseff dentro do plano de ajuste fiscal para seu segundo mandato.

A principal concentração ocorreu em São Paulo, onde cerca de 10 mil trabalhadores, segundo os organizadores, e mil, de acordo com a polícia, se manifestaram em avenidas como a Paulista. Também houve manifestações em cidades do ABC, em Brasília, no Rio de Janeiro e em pelo menos outras sete capitais estaduais.

Os trabalhadores exigem que Dilma volte atrás em sua decisão de mudar as regras para o pagamento de benefícios como pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego, com as quais o governo pretende economizar R$ 18 bilhões por ano.

Entre as medidas anunciadas, subiu de seis para 18 meses o tempo mínimo que um trabalhador tem que permanecer no emprego para receber o seguro-desemprego.

O deputado federal Paulinho da Força (SD) afirmou em São Paulo que, devido às novas medidas, “60% dos demitidos não poderão receber o seguro-desemprego”.

O secretário-geral da CUT, Sergio Nobre, equiparou os cortes anunciados por Dilma com as medidas de austeridade aplicadas na Europa desde 2008 e argumentou que, “se essa agenda funcionasse, a crise já teria terminado há tempo”.

Ontem, na primeira reunião ministerial do segundo mandato, a presidente defendeu a necessidade de reduzir estes benefícios; negou que se trate de um corte de direitos e qualificou as medidas como “de caráter corretivo” para ajustar a previdência social “às novas condições socioeconômicas do país”.

No Rio de Janeiro, onde cerca de 200 trabalhadores protestaram, o presidente do sindicato da construção civil de Duque de Caxias, Josimar Campos de Souza, desafiou Dilma e os 513 deputados para que “renunciem a seu salário” para economizar, ao invés de cortar direitos trabalhistas.

Os sindicatos afirmaram que serão recebidos pela presidente em São Paulo em uma audiência na próxima terça-feira, quando reiterarão suas reivindicações. EFE

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