Sobe para 8 o número de mortos em Portugal após surto de legionella
Lisboa, 16 nov (EFE).- Subiu para oito o número de mortos por causa de um surto de legionella em Portugal, informou neste domingo a Direção Geral de Saúde do país.
Já são 317 pessoas infectadas pela doença, a maior parte residente em Lisboa. Das oito vítimas mortais, seis eram homens e duas mulheres, com idades entre 52 e 89 anos, indicaram as autoridades em comunicado.
“A taxa de mortalidade estimada até o momento é de 2,5%”, disse a Direção Geral, que considera que o surto já está controlado devido à diminuição dos registros de novos casos.
“Não existe risco de transmissão, e é segura a ingestão de água procedente da rede pública”, lembraram as autoridades.
A Prefeitura de Vila França de Xira, município a 30 quilômetros de Lisboa, onde se concentram as investigações sobre a origem do surto, anunciou a reabertura das piscinas públicas, fechadas há uma semana.
Oficialmente, o foco foi declarado em 7 de novembro e gerou alerta no país, que nunca tinha registrado tantos casos de legionella ao mesmo tempo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) mostrou preocupação e chegou até a oferecer o envio de especialistas, caso fosse necessário.
As autoridades suspeitam que a doença surgiu em uma torre de refrigeração de uma empresa de adubos, a Adubos Portugal, pertencente ao grupo espanhol Fertiberia.
No entanto, a companhia, que mantém fechada a usina desde a última semana, disse em comunicado que cumpre todas as exigências legais e foi aprovada nas inspeções sanitárias.
A legionella é um tipo de pneumonia causada por bactérias. As pessoas podem pegar a doença ao respirar vapor de água contaminada, geralmente oriunda de locais com aquecimento ou grandes unidades de refrigeração. O contágio não ocorre se a pessoa ingerir beber água infectada ou através de alimentos.
A vítima pode desenvolver a chamada Doença do Legionário, caracterizada pela pneumonia com febre alta. Há ainda a forma não pneumônica, mais leve, conhecida como Febre de Pontiac.
Se a doença for tratada a tempo, o índice de mortalidade não supera os 6%, informaram as autoridades de saúde.
As manifestações clínicas são parecidas com as das pneumonias atípicas, que a princípio podem ser confundidas com a gripe. A doença causa alterações em diversos órgãos, que podem ser mais ou menos graves dependendo do estado prévio do doente. EFE
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