Brasil tem recorde de incêndios florestais no primeiro semestre de 2024

Em Mato Grosso do Sul, fogo já destruiu 541 mil hectares, uma área equivalente a cinco vezes o tamanho da capital, Campo Grande; ministra Marina Silva destacou que maioria das queimadas é criminosa

  • Por Jovem Pan
  • 26/06/2024 08h15
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ERNESTO CARRIÇO/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO Brigadistas, bombeiros e voluntÁrios trabalham no combate da queimada na parte alta do Parque Nacional do Itatiaia, localizado na Serra da Mantiqueira, em Itatiaia (RJ) Brigadistas, bombeiros e voluntários trabalham no combate da queimada na parte alta do Parque Nacional do Itatiaia (RJ), na Serra da Mantiqueira

O Pantanal, o Cerrado e a Amazônia enfrentaram um aumento significativo no número de queimadas no primeiro semestre de 2024. Em Mato Grosso do Sul, os incêndios já destruíram 541 mil hectares, uma área equivalente a cinco vezes o tamanho da capital, Campo Grande. Em resposta, o uso do fogo para qualquer finalidade está proibido até o fim do ano nos Estados da Amazônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com a estiagem antecipada e o aumento dos incêndios, qualquer uso do fogo para renovar pastagens ou outras atividades será considerado delito. O ano de 2023 foi o mais quente já registrado, com um aumento global nos incêndios florestais, e 2024 já está batendo novos recordes.

As queimadas controladas, embora sejam práticas antigas para promover a saúde dos ecossistemas e preparar o solo para o cultivo, devem seguir regras específicas para minimizar os impactos ambientais. No entanto, as ilegais contribuem para o desmatamento e trazem prejuízos ao meio ambiente e às comunidades locais. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que a maioria dos incêndios é criminosa, exigindo a implementação de práticas mais rigorosas, fortalecimento da fiscalização e incentivo a métodos alternativos de manejo de terras. A Amazônia, conhecida como o pulmão do mundo, e o Pantanal, comparado ao rim da América do Sul, desempenham papéis cruciais na regulação ambiental.

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A fumaça das queimadas aumenta a emissão de gases do efeito estufa e causa danos à saúde. Em Corumbá, Mato Grosso do Sul, houve um aumento nas derrubadas irregulares de vegetação, resultando no maior número de queimadas na região. A situação alarmante exige ações imediatas e coordenadas para proteger esses ecossistemas vitais e garantir a sustentabilidade ambiental para as futuras gerações.

*Com informações da comentarista Patricia Costa

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