Crise de poluição do ar atinge várias cidades brasileiras neste inverno

Depois de São Paulo, Porto Velho foi classificada como “muito insalubre” pelo índice da IQAir

  • Por da Redação
  • 17/09/2024 11h38
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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Fumaça cobre Brasilia Fumaça cobre céu de Brasília; Legislação brasileira sobre poluição do ar é deficiente e não existem planos de ação adequados para lidar com episódios críticos

As cidades brasileiras estão enfrentando uma grave crise de poluição do ar neste inverno, mas a situação não está sendo tratada com a devida seriedade, segundo o pesquisador João Paulo Amaral. Porto Velho, em Rondônia, é a cidade com a pior qualidade do ar do país, classificada como “muito insalubre” pelo índice da IQAir. Outras localidades, como Campinas, Manaus, Rio Branco e São Paulo, também estão lidando com sérios problemas de poluição atmosférica. Em São Paulo, que já foi considerada uma das cidades mais poluídas do mundo, houve uma leve melhora na qualidade do ar após um final de semana chuvoso. No entanto, os problemas de saúde relacionados à poluição continuam a ser uma preocupação. Na última sexta-feira, a Cetesb classificou a qualidade do ar como “muito ruim”, e a cidade permaneceu por quatro dias consecutivos no topo do ranking de poluição.

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As queimadas nas regiões Sudeste, Norte e Centro-Oeste são um dos principais fatores que contribuem para a deterioração da qualidade do ar. Amaral ressalta que, em comparação com outros países, a legislação brasileira sobre poluição do ar é deficiente e não existem planos de ação adequados para lidar com episódios críticos. Isso se reflete nos altos níveis de material particulado, que são considerados críticos no Brsil, mas que em outros países acionariam medidas de emergência em níveis muito mais baixos. Por exemplo, na França e na Espanha, um nível de 25 microgramas por metro cúbico já é considerado crítico, enquanto no Brasil os limites são muito mais altos. As prefeituras de São Paulo, Porto Velho e Manaus afirmaram que estão implementando ações para combater a poluição, mas ainda carecem de planos específicos para situações de emergência. A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, mencionou a ampliação de áreas verdes e um sistema de monitoramento para prevenir incêndios florestais.

Porto Velho anunciou a criação de uma lei para monitorar a qualidade do ar, enquanto Manaus está em fase de mobilização e formou um comitê para combater as queimadas. Apesar dessas iniciativas, a falta de um planejamento mais robusto para enfrentar a poluição crítica é evidente. A inalação de partículas provenientes das queimadas pode causar uma série de problemas de saúde, e as autoridades locais recomendam que a população tome precauções, como manter-se hidratada e evitar atividades físicas ao ar livre durante os períodos de alta poluição. A situação exige uma resposta mais eficaz e coordenada para proteger a saúde da população e melhorar a qualidade do ar nas cidades brasileiras.

publicado por Patrícia Costa

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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