Desafios da diversidade étnica nas empresas brasileiras
Estudo revela que a inclusão de pretos, pardos e indígenas em conselhos de empresas é inferior a 3%, enfrentando desafios maiores que a presença feminina
A inclusão de pretos, pardos e indígenas nos conselhos de administração das empresas brasileiras enfrenta desafios maiores do que a inserção de mulheres. Segundo Kaká Mandakinï, especialista em diversidade e fundadora da consultoria Div.A-Diversidade Agora, a presença feminina nos conselhos é de 16,7%, enquanto a representação de grupos étnicos minoritários é inferior a 3%. Um estudo intitulado “Diversidade nas Empresas“, realizado pelo Centro de Estudos em Finanças da FGV em colaboração com a Folha, revela que o Banco do Brasil e a Ferrovia Norte-Sul se destacam pela alta participação feminina, com 50% e 100% de conselheiros mulheres, respectivamente. Por outro lado, a Solar Coca-Cola e a GSH Corporações são notáveis pela inclusão de pretos, pardos e indígenas, com 30,26% e 33,79% de representação.
A pesquisa, que analisou dados de 2023 de empresas de capital aberto, focou na diversidade em cargos de média liderança, diretoria e conselhos. A diversidade na liderança é considerada um fator crucial para impulsionar a inovação e aprimorar a governança nas organizações. A inclusão de grupos minorizados é vista como fundamental para criar um ambiente de trabalho mais humano e inovador. Mandakinï enfatiza que a representatividade em posições de liderança é vital para fortalecer a cultura de diversidade nas empresas. O estudo também apresenta notas que avaliam a participação feminina e de pretos, pardos e indígenas, com base na presença desses grupos em cargos de alta e média liderança, evidenciando a necessidade de avanços nessa área.
publicado por Patrícia Costa
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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