Guterres destaca necessidade de financiamento climático na COP 29
O secretário-geral da ONU também fez um alerta sobre a urgência de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C
O secretário-geral da ONU, António Guterres, deu início ao segmento de alto nível da COP 29, que está sendo realizada em Baku. Durante seu discurso, ele manifestou otimismo em relação à possibilidade de um acordo sobre financiamento climático. Guterres enfatizou que os países em desenvolvimento não podem sair da conferência sem resultados concretos e que a COP 29 deve ser um marco na superação das barreiras que dificultam o acesso a recursos financeiros. Guterres também fez um alerta sobre a urgência de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C, ressaltando que a crise climática afeta todas as nações. Ele destacou que os países mais ricos são os principais responsáveis pela situação atual, enquanto os mais pobres enfrentam as consequências mais severas. Essa desigualdade precisa ser abordada com urgência nas discussões em Baku.
O secretário-geral pediu que os governos se comprometam a reduzir suas emissões em 43% até 2030, em comparação com os níveis de 2019. Além disso, ele solicitou que as nações apresentem suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) até a COP 30, que ocorrerá no Brasil, garantindo que estejam alinhadas com a meta de 1,5°C. Essa ação é vista como essencial para o futuro do planeta. Guterres também abordou a necessidade de aumentar o financiamento para a adaptação às mudanças climáticas, pedindo que os países desenvolvidos dobrem seus investimentos nessa área, alcançando pelo menos US$ 40 bilhões anuais até 2025. Ele destacou a importância de um Fundo de Perdas e Danos, que deve ser alimentado com recursos destinados aos países em desenvolvimento.
Em sua fala, o secretário-geral apresentou cinco elementos essenciais para resolver a questão do financiamento climático. Entre eles, ele mencionou a necessidade de aumentar as finanças públicas concessionais, mobilizar trilhões de dólares, explorar fontes inovadoras de financiamento, garantir maior acessibilidade e transparência, além de aumentar a capacidade de empréstimo dos Bancos Multilaterais de Desenvolvimento. Guterres finalizou sua intervenção afirmando que o financiamento climático deve ser encarado como um investimento, e não como uma forma de caridade. Ele reiterou que a ação climática é uma necessidade urgente e que todos os países devem se unir para enfrentar esse desafio global.
publicado por Patrícia Costa
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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