Mercado de compensação de carbono na aviação: desafios e perspectivas
Companhias aéreas buscam zerar emissão de CO² até 2050
As companhias aéreas estão comprometidas em zerar a emissão de carbono até 2050 e uma das ferramentas utilizadas é o mercado de compensação. Por meio desse mercado, as empresas recebem créditos que podem ser abatidos do volume de emissões em troca de investimentos em projetos ambientais. No entanto, há preocupações quanto à qualidade desses projetos e se eles realmente contribuem para a despoluição das operações da aviação. De acordo com a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), a compensação poderá representar até 19% das iniciativas para zerar a emissão. O Brasil, como signatário do acordo internacional Corsia, terá que compensar parte das emissões anuais que excederem os patamares de 2019 a partir de 2027. Em 2023, as operações de aviação no país emitiram 15 milhões de toneladas de CO₂, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Os projetos que geram créditos de carbono incluem iniciativas como reflorestamento, manutenção de florestas e sequestro de carbono. Esses projetos passam por certificadoras que avaliam se as promessas de conservação são cumpridas. Cada crédito equivale a uma tonelada de dióxido de carbono e pode resultar em até 210 créditos por hectare de mata fechada. Apesar de algumas entidades internacionais considerarem a compensação como uma ferramenta complementar, a Latam se comprometeu a reduzir ou compensar 50% das emissões domésticas até 2030. Já a Azul, que busca reduzir 46% da intensidade de emissões até 2030, não contabilizará os créditos obtidos com o mercado de compensação em sua meta de descarbonização. A Gol, por sua vez, oferece aos clientes a opção de pagar pela compensação da pegada de carbono, com adesão ainda pequena.
publicado por Patrícia Costa
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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