Tecnologia de bloqueio a distância reduziu roubo de celulares, diz secretário
O secretário estadual de Segurança Pública, Alexandre de Moraes, antecipou à Jovem Pan que o roubo de celulares em São Paulo caiu e atribuiu a estatística, ainda não divulgada, à parceria do estado com operadoras para bloquear aparelhos assim que eles são subtraídos de seus donos.
“Posso afirmar que já houve queda, mas metodologicamente, como nós temos que esperar quatro meses, no final de junho vamos anunciar essa queda”, afirmou Moraes.
“A polícia, autorizada pela vítima, comunica as operadoras e, em quatro horas, o Imei, rg do celular, fica bloqueado”. Imei significa Identidade Internacional do Equipamento Móvel, na sigla em inglês.
Segundo resolução anunciada no começo de fevereiro, o departamento de inteligência da Polícia Civil, junto às empresas de telefonia, têm até 12 horas para travar o celular roubado.
Moraes afirma ainda que está em curso a segunda etapa no combate a esse tipo de crime. “Estamos fazendo uma operação para fechar lojas que vendem desbloqueadores de Imei e celulares usados”.
(Agência Brasil)
De 2013 para 2014, esse tipo de roubo aumentou 149,59%. Do ano passado para cá, os furtos em geral caíram 9,32% no primeiro quadrimestre, em dados divulgado pela Secretaria na última segunda.
Sensação de insegurança
Outra área que o secretário considera de suma importância para combater é o de pequenos furtos. “O que dá uma sensação de insegurança muito grande é o roubo simples, do celular, do tênis, do documento, que são crimes que toda pessoa pode sofrer a qualquer momento”, disse.
“O nosso combate forte vem sendo em relação aos crimes contra o patrimônio, roubo normal, roubo de veículos”, acrescentou Moraes. “Isso (esse tipo de crime) também gera uma possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte) muito grande.”
(Foto ao lado: polícia prende homem que tentou assalto na região da Av. Paulista. Veja aqui)
Homicídios
Ele ressalta no entanto que os números de homicídio diminuíram, chegando a 9,65 mortes dolosas por 100 mil habitantes.
Foram 1.376 registros nos quatro primeiros meses de 2015.
Isso corresconde a 9,65 casos por 100 mil habitantes, nível quase considerado endêmico pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 10 por 100 mil. Nos últimos 12 meses, a taxa tem conseguido se manter abaixo da endemia.
O número é segundo menor da série histórica (desde 2001), perdendo apenas para 2011, quando houve 1.364 assassinatos.
O gráfico mostra que houve uma forte queda nos homicídios de 2001 a 2008 e, desde então, uma tendência à estabilização por volta dos 1.500 homicídios nos quatro primeiros meses do ano.
Moraes ressalta, no entanto, que “nenhum outro estado da federação chega a isso”. “A média brasileira chega a 27 homicídios por 100 mil habitantes”, diz. “E o Brasil sem São Paulo, que puxa a média para baixo, tem 38 por 100 mil.”
Ouça a entrevista completa no áudio do começo do texto.
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