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Temer precisa viabilizar políticas amargas, diz economista

Henrique Meirelles ao lado de Michel Temer na cerimônia de posse da nova equipe de governo

“Você tem um paciente cometido por várias doenças e você tem uma hemorragia, está sangrando”. Pode parecer notícia de página policial ou de saúde, mas é a metáfora que um especialista faz da economia brasileira e dos desafios que o presidente interino Michel Temer terá de enfrentar na condução da política econômica.

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Cláudio Adilson Gonçalves, economista, ex-secretário de política econômica do ministério da Fazenda e diretor da MCM Consultores, avalia que “a primeira hemorragia é estancar as contas públicas”.

Ele elogia os primeiros anúncios da equipe ministerial de Temer, comandada pelo nomvo ministro da Fazenda Henrique Meirelles. “O diagnóstico que está sendo feito”. O mais importante, para Gonçalves, é “deixar claro à sociedade o que ele está recebendo” (do governo anterior na economia). “Não é para atacar o outro governo, é para a sociedade ter ciência”.

Ele entende por que o novo presidente teve de ceder a pressões políticas para formar sua equipe na Esplanada. “Temer montou um ministério de alta densidade política”, diz. “Ele precisa viabilizar políticas amargas”, avalia, em entrevista exclusiva à Jovem Pan no Jornal da Manhã deste sábado (14).

O economista comparou a situação macroeconômica com uma casa e avaliou: “O Brasil precisa ser reconstruído”.

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Gonçalves também vê no discurso de Temer três pontos importantes a serem destacados: o protagonismo do Brasil no comércio internacional, a questão fiscal, “prioridade absoluta”, e a ênfase grande em concessões de privatizações.

“Estou esperançoso, com moderado otimismo”, diz.

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