Tsipras apresenta nova proposta grega de acordo a Juncker, Merkel e Hollande

  • Por Agência EFE
  • 21/06/2015 11h41
EFE Primeiro-ministro da Grécia

O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, apresentou neste domingo (21) a nova proposta de reformas do país ao presidente da Comissão Europeia (CE), Jean-Claude Juncker, à chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e ao presidente da França, François Hollande, para tentar “um acordo mutualmente beneficente”.

“O primeiro-ministro apresentou aos três líderes a proposta grega para um acordo mutuamente beneficente, que dê uma solução definitiva e não um adiamento para o problema”, informou a presidência grega em comunicado.

Tsipras, segundo a nota, repassou o conteúdo das conversas telefônicas com os líderes europeus ao Conselho de Ministros da Grécia, reunido neste momento. À tarde viajará para Bruxelas para participar amanhã da cúpula europeia sobre a situação do país.

Segundo a imprensa local, já estão na capital belga o ministro de Estado, Nikos Pappas, e o chefe da equipe negociadora grega, Euclidis Tsakalotos.

O novo plano da Grécia mantém os três tipos de taxa do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), em 6,5%, 13% e 23%, propostos anteriormente e já negados pelas instituições credoras.

No entanto, Atenas estaria disposta desta vez a mudar a incidência do tributo sobre alguns alimentos e o setor hoteleiro para aumentar as receitas fiscais, como pedem os credores – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.

Quanto à previdência, o governo estudaria abolir as aposentadorias antecipadas a partir do próximo ano, o que geraria uma economia de 200 milhões de euros, assim como reduzir as pensões complementares mais altas.

Em uma entrevista ao jornal “Ethnos” publicada hoje, Pappas se mostrou convencido de que chegara a um acordo “respeitando leis, a democracia e a coesão social”. O ministro afirmou que a Grécia procura uma solução que permita o retorno do crescimento dentro do euro, sem repetir os erros do passado.

“Não pedimos só um acordo, queremos uma solução. Para que haja um acordo, ele deve beneficiar o povo. A restauração dos direitos trabalhistas, a oposição aos cortes dos salários e das pensões, nossa libertação da política de austeridade catastrófica e um tratamento integral da dívida foram e seguem sendo nossos objetivos”, completou Pappas.

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