Tsipras diz que não aceitará cortes em Defesa

  • Por Agencia EFE
  • 02/07/2015 12h43
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Atenas, 2 jul (EFE).- O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, recalcou nesta quinta-feira que seu governo “não vai aceitar cortes” na despesa em Defesa, reafirmando com isso a marcha ré ocorrida nesta questão na negociação com os credores.

“Nem eu, pessoalmente, e nem o ministro da Defesa, vamos aceitar cortes (em Defesa), reduções que estão desenhadas a criar novas desigualdades dentro da sociedade, e em particular não aceitaremos reduções das retribuições do pessoal das Forças Armadas”, disse nesta quinta-feira Tsipras perante oficiais do Exército.

Tsipras recalcou que são questões que afetam a “essência de nossa soberania nacional”, e acrescentou que, “apesar do fato de que estamos em uma dificuldade econômica sem precedentes, devemos manter este núcleo de nossa soberania”.

O primeiro-ministro grego acrescentou que será o governo que decidirá onde está disposto a fazer os cortes orçamentários necessários.

Tsipras fez estas declarações junto ao ministro da Defesa e líder do partido nacionalista Gregos Independentes, Panos Kamenos, que, segundo asseguram hoje vários meios de comunicação locais, pressionou para retirar a concessão às instituições (Comissão Europeia, Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional) de cortar em 200 milhões de euros na despesa em Defesa em 2016, e em 400 milhões no seguinte ano.

Em carta dirigida na terça-feira passada aos líderes das instituições, Tsipras aceitava a maioria de suas últimas propostas e matizava algumas medidas, entre elas, a economia em Defesa.

As instituições exigem que a Grécia economize 400 milhões de euros a partir de 2016, e a princípio o governo de Tsipras oferecia 200 milhões.

Até antes da crise, a Grécia era o segundo estado membro da Otan que proporcionalmente mais dinheiro gastava em Defesa (3,1% de seu PIB), só atrás dos EUA, desembolso que todos os governos justificaram pelos vizinhos complicados que tem o país, mas sobretudo com a histórica inimizade com a Turquia.

Embora tenha reduzido este montante até 2,1% de seu PIB, a Grécia continua sendo um dos países europeus com maior despesa militar. EFE

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