Tsipras pede união e propõe congresso extraordinário para setembro

  • Por Agencia EFE
  • 30/07/2015 11h37
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Atenas, 30 jul (EFE).- O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, pediu nesta quinta-feira a união do partido, embora não tenha excluído a ruptura, e propôs um congresso extraordinário para setembro para um “debate amplo” sobre as diferenças.

“Acredito que podemos encontrar as soluções corretas para proteger às classes sociais que representamos e, ao mesmo tempo, manter a unidade de nosso partido”, disse Tsipras em um discurso no Comitê Central do Syriza.

O primeiro-ministro propôs um congresso extraordinário, baseado na nova composição das bases e não com os delegados permanentes, para debater a estratégia do partido à luz das condições que impõe a negociação de um resgate. Caso “muitos” considerem que não se deve negociar um terceiro resgate, Tsipras propôs convocar um referendo entre os militantes do partido este domingo, pois é uma decisão que não pode esperar.

Em sua opinião, o partido está “politicamente obrigado” a tomar a responsabilidade, porque não têm o “direito de trair a esperança de um povo”, que deu apoio ao acreditar que enfrentariam os “interesses estabelecidos”.

Tsipras desafiou os membros de seu partido a se pronunciar abertamente se acreditam que com outro primeiro-ministro o Executivo do Syriza estaria em uma situação melhor.

“Se alguém acha que pode conseguir algo melhor com outro primeiro-ministro e outro governo que diga”, afirmou Tsipras.

Ele também pediu para se manifestarem aqueles dentro da formação que achem que o Syriza deveria abandonar o Executivo por não ter conseguido algo melhor do que o tinha prometido, e voltou a indicar que o resgate que negociado atualmente é melhor do que os anteriores.

Tsipras garantiu que as negociações entre Grécia e os membros europeus abriram um período de reflexão sobre uma alternativa de esquerda na Europa e se há lugar para um governo assim.

“Há um papel e um lugar para a esquerda nesta Europa real neoliberal? Devemos responder afirmativamente”, disse Tsipras em seu discurso.

Segundo o primeiro-ministro, se trata de uma pergunta estratégica, porque com sua posição o Executivo esquerdista pôde demonstrar “a falta de flexibilidade” do atual modelo da zona do euro. EFE

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