Turistas que descumprirem regras de parques nacionais serão expulsos do Chile

  • Por Agencia EFE
  • 11/02/2015 17h09
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Santiago do Chile, 11 fev (EFE).- O ministro do Interior do Chile, Rodrigo Peñailillo, anunciou nesta quarta-feira que os turistas estrangeiros que violarem a legislação que rege os parques nacionais, como provocar um incêndio ou afetar o patrimônio natural ou ambiental, serão expulsos do país.

A decisão foi tomada por causa do crescente número de estrangeiros que desrespeitam essas regras, especialmente na zona turística de Torres del Paine, e pelo Alerta Vermelho que as autoridades impuseram nos últimos dias na região de Arauco, ambas no sul do Chile, devido aos incêndios florestais.

Peñailillo informou hoje que uma instrução foi entregue aos intendentes das regiões de todo Chile estabelecendo que todo turista que provocar um incêndio ou afetar um patrimônio natural “deverá abandonar voluntariamente o país e caso não o faça, se procederá a expulsá-lo do território nacional”.

Além disso, “caso que os fatos abram caminho para um procedimento penal, a revogação ficará suspensa até que o trâmite termine ou a condenação seja cumprida”.

Além disso, Peñailillo anunciou o envio em março de um projeto de lei ao parlamento que permita aumentar as penas por estes delitos.

“Passaremos de 341 dias para três anos, de um mínimo de cinco e um máximo de dez anos de prisão”, disse o chefe de gabinete da administração da presidente Michelle Bachelet ao ser consultado pelas penas que os turistas que não respeitarem as normas dos parques nacionais enfrentarão.

Em meados de fevereiro de 2005 um grande incêndio destruiu uma superfície de 15 mil hectares da Torres do Paine, três mil quilômetros ao sul de Santiago.

O acidente foi causado por um turista tcheco, Jiri Smitak, que derrubou acidentalmente um fogareiro em um setor onde seu uso era proibido.

Em dezembro de 2011, o israelense Rotem Singer confessou ter sido negligente ao acender um rolo de papel higiênico, o que provocou um incêndio que arrasou 17 mil hectares de vegetação nativa.

Singer, que foi processado, evitou o julgamento ao chegar a um acordo com a justiça chilena e pagar US$ 10 mil e coordenar uma campanha para reflorestar esse parque.

Além disso, o cidadão israelense precisou trabalhar como voluntário durante dois anos para a ONG mundial Keren Kayemet LeIsrael, especialista em reforestamento e que tem uma agência no Chile. EFE

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