Ucrânia acusa rebeldes de lançarem ofensiva de grande escala contra Donetsk

  • Por Agencia EFE
  • 03/06/2015 14h05
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Kiev, 3 jun (EFE).- As milícias pró-Rússia lançaram nesta quarta-feira uma ofensiva contra a cidade de Marinka, no leste da Ucrânia, com a participação de mil homens e dez tanques, afirmou o Estado-Maior do Exército do país.

As forças governamentais utilizaram artilharia pesada para frear o avanço dos rebeldes em uma região que está a poucos quilômetros do oeste da cidade de Donetsk, o principal reduto dos insurgentes.

O Exército foi obrigado a usar o equipamento que tinha sido retirado da região em virtude dos acordos de paz de Minsk. A Ucrânia alertou os países envolvidos na negociação da trégua sobre a movimentação dos rebeldes pró-Rússia.

Kiev acusa os separatistas de atacarem suas posições desde a madrugada desta quarta-feira com tanques e artilharia, violando o cessar-fogo estabelecido na região desde o dia 15 de fevereiro.

Os insurgentes também teriam usado canhões e morteiros, armas que deveriam estar a mais de 25 quilômetros de distância da linha de confronto entre os dois grupos, conforme o acordo.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, acusou as milícias rebeldes de terem lançado uma ofensiva de grande escala contra Marinka, fato negado pelos porta-vozes separatistas, que rebateram dizendo que Kiev violou a trégua.

“Ontem a Rússia frustrou a reunião trilateral (de Minsk) e hoje ordenou que seus terroristas lançassem uma ofensiva militar”, afirmou Yatseniuk enquanto inspecionava os treinamentos de instrutores americanos a soldados ucranianos.

A escalada da violência no leste da Ucrânia ocorre às vésperas da cúpula do G7 na Alemanha. O primeiro-ministro espera que “a comunidade internacional responda de maneira correta e adequada à agressão russa”.

O vice-ministro da Defesa da autoproclamada República de Donetsk, Eduard Basurin, negou que os insurgentes tivessem iniciado uma ofensiva de grande escala. E acusou o governo ucraniano de atacar as fortificações pró-Rússia, violando o cessar-fogo.

Além disso, afirmou que quatro rebeldes morreram nos confrontos ocorridos em Marinka. Outros nove teriam ficado feridos em ataques das forças governamentais contra Shirokino e Yenakievo.

“Estamos a favor de um acordo pacífico, mas nos reservamos o direito, em caso de intensificação (do confronto), de tomar as medidas necessárias. Hoje foram infringidos dois pontos: a linha de separação avançou contra nós”, disse. EFE

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