Ucrânia pede ao Conselho de Segurança medidas para frear crise na Crimeia

  • Por Agencia EFE
  • 28/02/2014 19h23
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Nações Unidas, 28 fev (EFE).- A Ucrânia pediu nesta sexta-feira o apoio do Conselho de Segurança da ONU para frear a crise na península da Crimeia e para defender sua integridade territorial, ao mesmo tempo em que advertiu que o país tem capacidade para defender-se das agressões.

Assim explicou aos jornalistas o embaixador ucraniano nas Nações Unidas, Yuriy Sergeyev, após informar a portas fechadas a situação do país ao Conselho de Segurança, que em seguida iniciou um debate entre seus membros.

Sergeyev disse ter solicitado ao principal órgão de decisão da ONU “medidas para deter os perigosos eventos que estão pondo em perigo a paz internacional” e a “integridade territorial” da Ucrânia.

O embaixador ucraniano confiou que o Conselho de Segurança mostre apoio moral e político a Kiev e “faça todo o possível através da diplomacia preventiva”.

“Ainda podemos deter o separatismo”, reforçou Sergeyev, que acusou a Rússia de alimentar o enfrentamento na Crimeia.

Além disso, o embaixador denunciou o “cruzamento ilegal de fronteiras” por parte de distintas unidades militares russas, entre elas vários aviões e 11 helicópteros de combate, e outros movimentos do exército russo.

Também afirmou que os aeroportos de Simferopol e Sebastopol foram bloqueados por forças russas e assegurou que o desenvolvimento dos acontecimento é similar ao ocorrido nas regiões georgianas da Abkhazia e Ossétia do Sul, reconhecidas como independentes por Moscou.

Neste sentido, solicitou a saída de todas as forças russas que se encontram “ilegalmente” no país para poder discutir formas com as quais “acalmar o povo” na Crimeia.

Sergeyev lembrou que as potências do Conselho de Segurança se comprometeram no passado a respaldar a unidade territorial da Ucrânia e assegurou que Kiev não vai buscar o “confronto”.

“Não quero nem pensar em ações militares”, disse o embaixador, que em todo caso se mostrou convencido que seu país “é suficientemente forte para defender-se”. EFE

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