UE e Cuba realizarão na ilha terceira rodada de diálogo dias 4 e 5 de março
Bruxelas, 19 jan (EFE).- A União Europeia (UE) e Cuba realizarão dias 4 e 5 de março a terceira rodada de negociações para um acordo de diálogo político e de cooperação em Havana, após o adiamento do encontro previsto para janeiro, informaram nesta segunda-feira fontes do Serviço de Ação Exterior.
Nesta terceira rodada de conversas na ilha caribenha, a UE e os representantes do governo cubano “seguirão com seus intercâmbios em todas as áreas de um futuro acordo, que incluem o diálogo político, a cooperação e o diálogo sobre políticas, assim como o comércio”.
Esta terceira sessão de negociações será a primeira desde o anúncio dos EUA e de Cuba de normalização de suas relações diplomáticas e econômicas após mais de 50 anos de ruptura.
A pedido da Espanha, os ministros das Relações Exteriores da UE abordaram hoje brevemente em um Conselho o novo contexto internacional da ilha após essa decisão.
Esta reunião entre os representantes de Bruxelas e de Havana aconteceria no início deste mês em Cuba, mas foi adiada a pedido das autoridades cubanas.
A UE e Cuba – o único país da América Latina com o qual o bloco comunitário não tem um tratado bilateral – realizaram a primeira rodada de conversas em abril de 2014 em Havana e uma segunda em agosto em Bruxelas.
O embaixador do bloco comunitário na ilha, Herman Portocarero, explicou em novembro que as duas primeiras rodadas se centraram em assuntos de cooperação, e que esta próxima se centrará em assuntos mais políticos, relacionados a direitos humanos e sociedade civil.
A UE aprovou em fevereiro de 2014 o mandato para abrir a negociação do primeiro acordo bilateral com Cuba, após constatar “mudanças” na economia e nas estruturas sociais da ilha.
A UE aplica a Cuba desde 1996 a chamada “posição comum”, uma política restritiva que condiciona as relações com a ilha a avanços democráticos e em direitos humanos.
Para os europeus, o objetivo do acordo que está sendo negociado agora é aprofundar suas relações com Havana, acompanhar as reformas empreendidas pela ilha e fomentar mais respeito pelos direitos humanos no país.
As fontes diplomáticas consideraram que a UE manterá para Cuba, após o anúncio de normalização das relações com Washington, as mesmas exigências em direitos humanos. EFE
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