UE pede libertação imediata das 200 meninas sequestradas na Nigéria

  • Por Agencia EFE
  • 12/05/2014 14h52
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Bruxelas, 12 mai (EFE).- A União Europeia (UE) condenou nesta segunda-feira o sequestro de mais de 200 meninas nigerianas por parte do grupo radical islâmico Boko Haram e exigiu sua libertação imediata e incondicional.

“A União Europeia pede a libertação imediata e incondicional das estudantes e que os responsáveis seja levados perante a Justiça”, disseram os ministros europeus das Relações Exteriores em conclusões aprovadas na reunião que mantêm hoje em Bruxelas.

A condenação tinha sido impulsionada pela Espanha, que apresentou nas reuniões preparatórias ao Conselho das Relações Exteriores o texto que foi respaldado hoje pelos ministros.

A UE se declarou “profundamente preocupada” pelos recentes ataques terroristas no norte da Nigéria e “consternada” pelo sofrimento ocasionado à população.

“O Conselho condena energicamente o assassinato indiscriminado de centenas de civis e o sequestro de mais de 200 estudantes no estado de Borno”, afirmaram os ministros em suas conclusões.

“Estes atos representam ataques contra os direitos humanos e a dignidade”, acrescentaram.

A UE e os Estados-membros ofereceram seu apoio à Nigéria na resolução deste “crime desprezível” e seus esforços para proteger seus cidadãos e derrotar o terrorismo em todas suas formas, com pleno respeito dos direitos humanos.

“A UE trabalhará para pôr fim à cultura de impunidade sobre o uso da violência sexual como ferramenta e efeito de resolução dos conflitos no mundo todo”, agregaram.

Os vinte E oito apoiaram, por último, a intenção do Conselho de Segurança das Nações Unidas de considerar medidas apropriadas contra Boko Haram, cujo líder divulgou em um vídeo hoje no qual diz que pretende trocar as meninas sequestradas por seus militantes presos.

O titular espanhol das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo, afirmou em entrevista coletiva após o Conselho que o objetivo da declaração é “coordenar as distintas iniciativas individuais na Nigéria” para ajudar as autoridades a resgatar às meninas.

Analistas dos Estados Unidos e do Reino Unido já se deslocaram à Nigéria para ajudar na buscar pelas meninas.

Margallo disse também que a declaração dos ministros pretende “pressionar” o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, que deve aprovar a realização de eleições presidenciais no próximo ano.

Jonathan foi acusado de “passividade” após o sequestro em massa, ocorrido em 14 de abril em uma escola de Borno, no norte nigeriano de maioria muçulmana e cuja autoria foi reconhecida pelo Boko Haram há uma semana.

O ministro espanhol afirmou que a Espanha “esteve muito ativa” em assuntos relacionados com a violência doméstica e a liberdade religiosa, e lembrou que em junho do ano passado apadrinhou junto à Itália orientações sobre esse ponto.

O sequestro das menores nigerianas gerou uma grande reação em escala internacional e fez com que várias personalidades de todo o mundo participem de uma campanha sob o lema “Devolvam nossas meninas” (“Bring back our girls”). EFE

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