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Unesco alerta para queda de 10% em ajudas à educação desde 2010

Paris, 5 jun (EFE).- As ajudas internacionais à educação caíram quase 10% entre 2010 e 2012, o que situou as doações em níveis similares aos de 2008, informou nesta quinta-feira a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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Estes números, divulgados no último relatório do programa Educação Para Todos (EPT), revelam que há 57 milhões de crianças e 69 milhões de adolescentes no mundo sem acesso à educação, e que para reverter esta situação são necessários cerca de US$ 3,5 bilhões.

A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, declarou que “aumentar o apoio exterior à educação é imperativo em nível ético e de desenvolvimento” e assegurou que uma ajuda bem dirigida pode permitir aos países “situar a educação de qualidade na primeira linha de suas prioridades”.

Esta diminuição da cooperação para a educação se deixa sentir especialmente no continente africano, onde 12 países viram cair dita contribuição em US$ 10 milhões desde 2010, segundo a organização.

A queda da contribuição econômica de apoio à educação nestes anos afetou de maneira particularmente grave Índia e Paquistão, dois países que também fazem parte dos cinco com maior número de crianças não escolarizadas no mundo.

O relatório destaca, além disso, que metade das crianças não escolarizadas do planeta vivem em zonas de conflitos, onde se dá prioridade à assistência médica ou alimentícia, antes da educativa, motivo pelo qual esta recebe apenas 34% dos fundos solicitados.

O diretor do programa EPT da Unesco, Aaron Benavot, ressaltou que este “preocupante descenso” de US$ 26 bilhões ao ano em ajudas faz com que “as possibilidades de alcançar os objetivos mundiais da educação se encontrem gravemente comprometidas”.

Os promotores do EPT fixaram seis objetivos para 2015, entre eles melhorar a educação dos mais desfavorecidos, o acesso de todas as crianças do mundo a estudos primários e a supressão das desigualdades de todo tipo nas escolas. EFE

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