Unifesp vai retomar testes da vacina contra Covid-19 após autorização da Anvisa

Volta dos experimentos no Reino Unido foi anunciada pela farmacêutica AstraZeneca e pela Universidade de Oxford neste sábado

  • Por Jovem Pan
  • 12/09/2020 15h24
Tânia Rêgo/Agência Brasil vacina No país, a pesquisa da vacina contra o novo coronavírus é coordenada pela Universidade Federal de São Paulo

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) afirmou que retomará os testes da vacina contra o novo coronavírus após a liberação da  Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Comitê Nacional de Ética e Pesquisa (Conep). No país, a pesquisa é coordenada pela universidade, através do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie/Unifesp). A farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford anunciaram neste sábado, 12, o retorno dos testes no Reino Unido após após o processo ter sido interrompido na semana passada. A retomada da pesquisa foi autorizada pelas autoridades regulatórias de medicina e saúde locais (MHRA, na sigla em inglês) depois que uma investigação independente comprovou a segurança do medicamento.

A Anvisa confirmou que foi informada pela Universidade de Oxford sobre a autorização para a retomada dos testes, mas que não foi notificada oficialmente pelas autoridades britânicas responsáveis pela liberação. Para que a reativação do estudo clínico ocorra no Brasil, a Anvisa espera receber nos próximos dias o peticionamento da empresa AstraZeneca. Até o momento, 4.600 voluntários já foram recrutados e vacinados no Brasil, sem qualquer registro de intercorrências graves de saúde.

Aproximadamente 18.000 pessoas em todo o mundo receberam vacinas como parte do estudo. Em nota, a Unifesp afirmou que “em grandes ensaios como este, é esperado que alguns participantes não passem bem e todos os casos têm de ser cuidadosamente analisados para garantir uma avaliação cuidadosa da segurança.” Os experimentos foram suspensos no dia 6 de setembro depois que um dos voluntários apresentou reações adversas. Os efeitos, porém, não foram relevados pelos pesquisadores. “A universidade está comprometida com a segurança de todos os participantes e com os mais altos padrões de conduta nos estudos, garantindo a continuidade do monitoramento da segurança de perto”, informou a Unifesp.

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