AstraZeneca e Universidade de Oxford retomam testes da vacina contra a Covid-19
Liberação foi autorizada por órgãos reguladores do Reino Unido; experimentos estavam suspensos desde o dia 6, após voluntário apresentar reação adversa
A farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford reiniciaram os testes da vacina para contra a Covid-19 no Reino Unido, após o processo ter sido interrompido na semana passada. A retomada da pesquisa foi autorizada pelas autoridades regulatórias de medicina e saúde do Reino Unido (MHRA, na sigla em inglês) depois que uma investigação independente comprovou a segurança do medicamento.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) confirma que foi informada pela Universidade de Oxford sobre a autorização para a retomada dos testes, mas que não foi notificada oficialmente pelas autoridades britânicas responsáveis pela autorização. Para que a reativação do estudo clínico ocorra no Brasil, a Anvisa espera receber nos próximos dias o peticionamento da empresa AstraZeneca. “Na prática, o laboratório precisa protocolar o pedido de nova anuência para que o estudo da vacina de Oxford possa ser retomado no país. A Anvisa reitera que está comprometida com a celeridade na análise de todos os dados. Ao mesmo tempo, trabalha para garantir a segurança dos participantes do estudo clínico no Brasil”, informou a agência.
Os testes foram interrompidos no dia 6 de setembro depois que um dos voluntários no Reino Unido apresentou efeitos colaterais. Não foi informado sobre a natureza da reação e nem quando ela aconteceu. “AztraZeneca está comprometida com a segurança dos participantes dos testes e com os mais altos padrões para conduzir os experimentos clínicos. A companhia vai continuar trabalhando com autoridades ao redor do mundo para retomar os testes de forma ampla e equitativa”, afirmou a empresa em nota.
Atualmente nove vacinas contra o novo coronavírus estão sendo testadas mundialmente na fase 3. O imunizante da AstraZeneca/Oxford foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e começou a ser testado no Brasil no dia 15 de junho em 5 mil voluntários. Entre esse grupo, não há relatos de complicações. No início do mês, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco Filho, informou durante coletiva de imprensa que firmou um acordo com o consórcio AstraZeneca/Oxford para a distribuição das vacinas no Brasil para janeiro de 2021.
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