Universidade egípcia expulsa 22 seguidoras dos islamitas por violência

  • Por Agencia EFE
  • 24/12/2014 16h31
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Cairo, 24 dez (EFE).- Pelo menos 22 estudantes foram expulsas nesta quarta-feira da Universidade de Al-Azhar na cidade de Zaqaziq, ao norte do Cairo, acusadas de fomentar distúrbios e atos de violência dentro do centro educativo, segundo um comunicado.

As alunas da Faculdade de Estudos Islâmicos, simpatizantes da Irmandade Muçulmana, foram excluídas “definitivamente” do centro, após uma recomendação do Conselho de Disciplina da universidade, segundo a nota do centro, divulgada pela agência estatal de notícias “Mena”.

A decana da universidade, Amal Abderrahman, explicou que as estudantes participavam de marchas e protestos dentro do centro educativo e gritavam palavras de ordem contra o exército e a polícia, assim como contra outras instituições do Estado e dirigentes da Al-Azhar.

Abderrahman acusou também às jovens de agredir membros do pessoal administrativo e de segurança que tentaram impedi-las de invadir o escritório do decanato e destruir as instalações da faculdade.

A decana acrescentou que, anteriormente, tinham sido expulsas outras 11 estudantes de primeiro ano da universidade, também de forma irrevogável, e que se está investigando outras oito mulheres que participaram de distúrbios e atos de violência no campus.

No último dia 17 de dezembro, a Universidade de Al-Azhar expulsou 71 estudantes sob as mesmas acusações e advertiu que pedirá às Forças Armadas que lhes imponham o serviço militar obrigatório, “para cumprir com o dever nacional”.

Desde a destituição do presidente islamita Mohammed Mursi em 3 de julho de 2013 pelo exército, se sucederam os protestos de grande parte da corrente islamita egípcia contra o novo sistema político do país, ao qual acusam de “golpismo”.

As autoridades egípcias declararam a Irmandade Muçulmana organização terrorista em dezembro de 2013 e os membros de sua cúpula, inclusive Mursi, estão presos e enfrentam vários processos judiciais por diferentes motivos. EFE

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