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Venezuela adverte que suspenderá envio de combustível a regiões “sob assédio”

Caracas, 21 fev (EFE).- O ministro do Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez, denunciou nesta sexta-feira supostos planos de “grupos fascistas” para atacar postos de gasolina e disse que o governo será obrigado a suspender o envio de combustível para regiões “sob assédio”, em alusão aos protestos no país.

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“Estamos em alerta. Há informações que grupos fascistas pretendem atacar postos de gasolina e o transporte de combustível”, disse o ministro, que também preside a companhia petrolífera estatal PDVSA, através do Twitter.

“Seremos obrigados a suspender o fornecimento de combustível nas regiões que estão sob o assédio fascista para preservar a segurança de todos”, declarou.

Em outra mensagem, pediu também aos funcionários da PDVSA e à Guarda Nacional (Polícia Militar) que fiquem “alertas” frente a esses supostos planos.

“Os grupos fascistas, desesperados em sua violência, não se importam em atingir o cidadão. Tomaremos todas as medidas para preservar a paz”, acrescentou.

Poucas horas depois, o presidente Nicolás Maduro informou em entrevista coletiva sobre a suposta existência de planos de ataque aos postos de gasolina no país.

“Descobrimos o plano, nós somos muito sérios, quando descobrimos planos como estes, começamos a agir”, disse Maduro, que também garantiu que o fornecimento de gasolina no país “está totalmente garantido”, mas nas regiões onde ocorrem distúrbios os caminhões podem ter dificuldades para fazer sua distribuição.

Em sintonia com Maduro, Ramírez disse que a PDVSA “está em plena normalidade, cumprindo com toda a distribuição de combustíveis sempre preservando a segurança e a paz”.

A Venezuela vive um clima de protestos em praticamente todo o país contra o governo de Maduro, depois que no último dia 12 uma manifestação pacífica terminou com violência e três mortes na capital venezuelana.

Os protestos se desenvolveram em sua maior parte de forma pacífica, mas também ocorreram atos de vandalismo contra bens públicos e privados em diferentes pontos do país, assim como enfrentamentos entre manifestantes e policiais, e ataques de indivíduos não identificados que deixaram, até o momento, um balanço total de oito mortos e dezenas de feridos. EFE

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