Venezuela confirma controle sobre venda de remédios e nega fuga médicos

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 15h29

Caracas, 10 mai (EFE).- O ministro da Saúde da Venezuela, Henry Ventura, confirmou neste domingo que o governo assumirá a venda de remédios e desmentiu o presidente da Federação Médica, Douglas León Natera, sobre a fuga de 13 mil médicos do país.

Segundo o ministro, o Sistema Integral para o Acesso aos Remédios (Siamed) acabará com a escassez porque permitirá criar cotas para os importadores do setor e controlar a quantidade de medicamentos vendidos individualmente em cada farmácia.

“Aumentaram as vendas e os lucros, mas diminuiu a produção. É isso que temos que corrigir com o Siamed, controlando os laboratórios”, disse o ministro à emissora “Televen”, acusando que os remédios com preços subsidiados e tabelados pelo governo sumiram das prateleiras.

O governo do presidente Nicolás Maduro vende divisas ao preço subsidiado de 6,3 bolívares por dólar ao setor de saúde para suas importantes, desde que eles vendam seus produtos em valor reduzido. No entanto, a medida gerou escassez, contrabando e outros crimes, o mesmo que ocorreu com alimentos de consumo básico.

O dólar é comercializado oficialmente a 12 bolívares. Para outros casos, a uma terceira taxa, para “urgências”, em quase 200 bolívares. No mercado negro, o câmbio chegou nos últimos dias a 300 bolívares por dólar.

O Siamed, que incentiva os pacientes a se inscreverem nas farmácias para garantirem o acesso aos remédios, é “um sistema não coercitivo porque não restringe, nem discrimina”, afirmou Ventura.

“Cria facilidade e dá acesso garantido, pois nos diz qual o remédio a população consome, o que o médico está indicando e em que farmácia ele está filiado para o paciente lá comprar”, afirmou.

O ministro desmentiu o presidente da Federação Médica da Venezuela sobre uma suposta fuga de profissionais e garantiu que só 320 deixaram o país em seis anos. A maior parte deles teria ido estudar no exterior, voltando na sequência.

“Tudo que ele diz não tem credibilidade. Para poder exercer medicina fora do país o profissional deve passar pelos ministérios da Saúde e das Relações Exteriores”, acrescentou, destacando que os órgãos governamentais não registraram o movimento denunciado pelo sindicato. EFE

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