Venezuela recolhe mais de 1 milhão de assinaturas para revogação de decreto
Caracas, 22 mar (EFE).- O chefe da campanha “Obama revogue o decreto já”, Jorge Rodríguez, anunciou neste domingo que já foram recolhidas mais de 1 milhão de assinaturas para exigir que os Estados Unidos anulem o decreto executivo que declara a Venezuela uma “ameaça” para o país.
“Quero anunciar a toda a pátria venezuelana, com profundo agradecimento, que superamos 1 milhão de assinaturas de todo o povo venezuelano” na campanha “Obama revogue o decreto já”, disse Rodríguez ao canal estatal “VTV”.
Esta campanha foi lançada na última quinta-feira pelo governo da Venezuela para exigir que o presidente americano revogue a lei aprovada no início do mês, na qual declarou uma “emergência nacional” pela “ameaça incomum e extraordinária” que a Venezuela representa para os EUA.
A campanha tem como objetivo recolher 10 milhões de assinaturas em diferentes pontos da Venezuela, assim como através do site www.obamaderogaeldecretoya.org.ve, contra um decreto qualificado pelo presidente venezuelano, Nicolás Maduro, como “o passo mais agressivo, injusto e nefasto que jamais foi dado contra a Venezuela”.
“Vamos rumo a 10 milhões de assinaturas para entregá-las ao senhor Barack Hussein Obama, presidente dos EUA, para insistir que não somos uma ameaça e que esse decreto infame deve ser revogado”, disse o também prefeito do município Libertador, na região metropolitana de Caracas, neste domingo, na Praça Bolívar da capital.
Rodríguez garantiu que Obama “não esperava esta resposta do povo da Venezuela, não esperava esta resposta dos povos do mundo”.
Além disso, a campanha que promoveu na sexta-feira um “tuitaço mundial” para difundir através Twitter as hashtags #Obamaderogaeldecretoya e #ObamaRepealTheExecutiveOrder somou mais de 2,6 milhões de tweets e retweets, segundo o prefeito chavista.
“Acho que é um número impressionante na história da Venezuela a grande quantidade de manifestações contra o infame decreto, que é uma agressão contra o povo inocente, uma agressão contra o povo digno da Venezuela”, acrescentou.
Maduro espera entregar a Obama as 10 milhões de assinaturas na Cúpula das Américas, que acontece no Panamá.
Além disso, o governo de Maduro promoveu várias manifestações e caravanas de funcionários públicos para demonstrar sua rejeição à ordem executiva emitida pela Casa Branca que inclui sanções contra sete funcionários venezuelanos que supostamente violaram os direitos humanos durante os protestos antigovernamentais de 2014. EFE
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