Xi diz a japoneses que não aceita “distorção” da história
Pequim, 24 mai (EFE).- O presidente da China, Xi Jinping, advertiu a empresários e políticos japoneses que não aceitará nenhuma “distorção” da história sobre a invasão japonesa do gigante asiático na Segunda Guerra Mundial.
Em um encontro realizado no final do sábado e para 3.000 japoneses que acudiram este fim de semana a Pequim para promover uma melhora das relações entre ambos os países, o presidente da China insistiu em seu discurso em lembrar as “agressões” do Japão nessa disputa que terminou há sete décadas.
“Não só o povo da China e de outros países asiáticos invadidos pelo Japão, mas também, acho, os japoneses com sentido de justiça e consciência, não permitirão nenhuma tentativa de distorcer ou embelezar a história da invasão dos militaristas japoneses”, disse Xi, segundo a agência oficial “Xinhua”.
O presidente da China adotou um tom mais conciliador ao falar sobre o futuro das relações bilaterais com seu país vizinho e defendeu o fortalecimento dos intercâmbios pessoais entre cidadãos chineses e japoneses como via para melhorá-las.
Neste sentido, Xi propôs aumentar os intercâmbios entre os jovens de ambos os países para impulsionar uma cultura de paz.
“A amizade sino-japonesa está arraigada nas pessoas e o futuro da relação bilateral está nas mãos dos povos dos dois países”, afirmou o presidente da China.
“A história provou que a amizade entre China e Japão beneficia não só os dois países e seus povos, mas a Ásia e o mundo inteiro”, acrescentou Xi, destacando a predisposição para que a “cooperação amistosa” com o vizinho prospere.
Entre os 3.000 japoneses que foram a Pequim este fim de semana havia autoridades locais, representantes de grandes empresas e o ex-ministro e presidente do conselho geral do Partido Liberal Democrático do Japão (partido do primeiro-ministro, Shinzo Abe), Toshihiro Nikai.
A comemoração este ano do 70º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial aumentou as tensões entre China, invadida pelas tropas japonesas durante aquele conflito, e Japão.
As autoridades chinesas exigem das japonesas uma desculpa explícita por suas ações, enquanto estas honram ocasionalmente o santuário de Yasukuni, que glorifica a etapa militarista do Japão. EFE
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