Yanukovich afirma que é o presidente e chefe do exército da Ucrânia

  • Por Agencia EFE
  • 11/03/2014 07h45
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Moscou, 11 mar (EFE).- O presidente deposto da Ucrânia, Viktor Yanukovich, disse nesta terça-feira que continua sendo o chefe de Estado legítimo e o comandante-em-chefe das Forças Armadas de seu país.

Em entrevista coletiva na cidade de Rostov do Don, no sul da Rússia, Yanukovich denunciou que a Ucrânia “está em mãos de um grupo de ultranacionalistas e neofascistas” que querem “provocar uma guerra civil”.

“Os oficiais e soldados não vão obedecer ordens criminosas de um governo imposto por um golpe de Estado”, afirmou.

O presidente deposto acusou as novas autoridades ucranianas de “querer incorporar nas Forças Armadas guerrilheiros de formações nacionalistas e entregar-lhes armas”.

“Sob a fachada de um suposto governo legítimo no país, atua um grupo de ultranacionalistas e neofascistas, que já vislumbram a presidência”, disse Yanukovich.

Em sua segunda aparição perante a imprensa desde que se refugiou na Rússia após sua destituição, em 22 de fevereiro, pelo parlamento da Ucrânia, Yanukovich negou toda legitimidade das eleições presidenciais convocadas neste mesmo dia.

“As eleições presidenciais convocadas para 25 de maio pelo grupo que usurpou o poder como resultado de um golpe de Estado anticonstitucional, são absolutamente ilegítimas e ilegais”, opinou.

Yanukovich criticou também os políticos ocidentais que apoiam as novas autoridades ucranianas. “Estão cegos, esqueceram o que é o fascismo?”, perguntou. O ex-mandatário ucraniano atacou o governo dos Estados Unidos por prometer ajuda financeira ao novo Executivo ucraniano.

“Não tem direito, segundo suas próprias leis, de enviar dinheiro para criminosos”, disse Yanukovich em referência ao governo do presidente americano, Barack Obama.

O presidente deposto acrescentou que pedirá ao Congresso, ao Senado e à Suprema Corte dos Estados Unidos que avaliem as ações da Casa Branca.

Sobre seu futuro, mostrou-se otimista: “Assim que as circunstâncias permitirem, e tenho certeza que não será preciso esperar muito, retornarei sem falta a Kiev”. EFE

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